quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bandidos destroem igreja do Farol de Santa Marta

Bandidos entraram na igreja do Farol de Santa Marta e barbarizaram. Quebraram janelas, arrancaram a imagem de Cristo, jogaram imagens de santos no mar em frente, defecaram no tapete do altar e se limparam com toalhas de batismo.
Atos de bandidos, de gente ruim, de sócios do capeta.


Para ler as matérias basta clicar em:



terça-feira, 30 de julho de 2013

Na mosca

“Só não polemiza quem concorda com tudo. Em jornalismo, não polemizar é estar morto sem o atestado de óbito”.
(Oldemar Olsen Jr.)

Vereadores da Laguna prorrogaram o recesso

Semana passada vereadores da Laguna aprovaram, por maioria, em sessão extraordinária, a prorrogação do recesso passando de 7 para 14 de agosto. Certamente acharam que as férias de trinta dias foram curtas. Isso que é uma sessão por semana. Nada como viver em uma cidade sem problemas.

Pois é...



P S: Procurando ser justo e perfeito, o único voto contrário votou contra a prorrogação do recesso até 14 de agosto, o vereador Hiran Ramos (PMDB).

P S 2: Vereador Thiago Alcides Duarte (PMDB) também foi voto contrário ao recesso. Por e-mail endereçado ao Blog o vereador escreveu e faço questão de registrar:

"Caro amigo, gostaria de deixar registrado que eu, vereador Thiago Alcides Duarte, votei contra o aumento do recesso, bem como, sou totalmente contrário ao recesso parlamentar, seja no mês de julho , ou no fim do ano, nos meses de janeiro e fevereiro.  Um abraço estimado amigo Valmir!!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Parabéns Laguna pelos seus 337 anos

Nada melhor que homenagear os 337 anos de fundação da nossa Laguna, com o Hino do Coral Santo Antônio dos Anjos (letra de Archimedes de Castro Faria e arranjos do maestro Acácio Santana), que juntamente com o Hino da Laguna (Letra de Osmar Cook)  espelham maravilhosamente nossos sentimentos por esta terra e suas belezas.

Hino do Coral Santo Antônio dos Anjos 




E o Hino da Laguna, letra de Osmar Cook.





sábado, 27 de julho de 2013

"CATARINENSES GÊNESE E HISTÓRIA" – UMA OBRA IMPRESCINDÍVEL

Estou lendo “CATARINENSES GÊNESE E HISTÓRIA”, de João Carlos Mosimann, engenheiro, pesquisador e escritor, nascido em Brusque.
O autor publicou inúmeros trabalhos em jornais e revistas especializadas. Entre suas obras destaco “Porto dos Patos” (2002 e 2004), sobre a história da Ilha de Santa Catarina no século 16; e “A invasão espanhola” (2003), que procura desvendar os segredos dos espanhóis invasores e dos portugueses defensores da edênica ilha em 1777.

Diz o autor que “Catarinenses Gênese e História, em suas 616 páginas, é fruto de intensa pesquisa ao longo de dez anos e tem por objeto o homem catarinense e sua participação na formação social, cultural e econômica do Estado”. A obra recebeu o Prêmio Elisabete Anderle da Fundação Catarinense de Cultura em 2009.
Na apresentação da obra, Carlos Mosimann escreve:

“A história de Santa Catarina é tão antiga quanto a história do Brasil, mas a de seu povo, nem tanto. Descoberta a Terra de Santa Cruz, a costa catarinense passou a desempenhar função estratégica para os navegadores, em especial os espanhóis, por sua posição hidrográfica e também pela magia de sua natureza e de seu gentio. As ilhas logo batizadas de São Francisco e de Santa Catarina, além dos portos de Don Rodrigo (Garopaba) e de Viaça (Laguna), inseriram-se na rota das descobertas e da conquista do Novo Mundo”.

Dos séculos 16 ao 20, o autor nos mostra a História de Santa Catarina, “mescla de etnias e culturas integradas através de um processo gradual de conquista de espaço e de afirmação de sua gente: territorialidade e povo”.

O Carijó, chamado pelo autor do “Catarinense da era dos descobrimentos”, a chegada do europeu, as primeiras expedições: Juan Diaz de Solís, Cristóvão Jacques, Don Rodrigo de Acuña, Sebastião Caboto, Diego Garcia, Alonso Cabrera e outros.

Laguna

O autor, no capitulo do século 18, na parte que nos cabe, traz Laguna e o povoamento do Rio Grande.
Antes, no século 17, páginas 111 a 114,  aborda Domingos de Brito Peixoto e sua família e afirma:

“Este, indiscutivelmente, é o nome do pioneiro vicentista ligado à fundação e ao povoamento de Santo Antônio dos Anjos da Laguna”.

Fundação da Laguna

Sobre a Fundação da Laguna, João Carlos Mosimann escreve que o filho de Domingos de Brito Peixoto, Francisco de Brito Peixoto, encaminhou ao Rei um histórico da empreitada:

 “O documento está reproduzido, na íntegra, como anexo de uma provisão Régia de 6 de fevereiro de 1714 em Documentos interessantes para a histórias e cultura de São Paulo”.

O documento enfatiza a data do evento, afirmando que “com efeito no ano de 1676 saíram da Vila de Santos, donde eram moradores”.


Tentativa fracassada

Em sua obra, Mosimann nos conta que dois anos antes (1674) houve uma tentativa fracassada de fundação, por mar, através de um patacho e narrada em preâmbulo por Francisco de Brito Peixoto em documento existente na Biblioteca Nacional com o título “Notícias da povoação e fundação da Villa de Laguna”.

E saliento também aqui, a observação do autor de “Catarinenses Gênese e História” que afirma:

“Diante das afirmações dos próprios povoadores, tornam-se irrelevantes as especulações de terceiros, sejam historiadores ou não, sobre esses acontecimentos, pois se privilegia sempre a documentação e o relato dos contemporâneos dos fatos. A primeira tentativa ocorreu naquele 1674, e fracassou, e a chegada definitiva em 1676, por terra”.

Com isso fica demonstrado que a data da fundação da Laguna, em documento escrito pelo próprio filho do fundador, é efetivamente 1676, que depois um decreto municipal veio ratificar e não foi de forma aleatória. Ocupação é uma coisa, fundação bem outra. Já o dia 29 de julho, esse sim foi aleatório por não se saber a data exata da fundação, dia e mês, então se homenageou (Lei Municipal 15/1975) a data da Proclamação da República Catarinense (ou Juliana, como queiram).

Enfim, a obra é extensa, de valorosa pesquisa bibliográfica do autor e de grande valia à História de Santa Catarina. Imprescindível aos historiadores, estudantes, jornalistas e ao leitor que queira conhecer com mais profundidade nossa história, identidade, formação étnica e cultural.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Chorando em gabinetes

Dia desses, numa roda, um sujeito dos mais conhecidos reclamava e chorava pitangas dizendo que aceitava qualquer cargo na prefeitura, até de salário mínimo, mas que estava pedindo há meses a alguns políticos sem conseguir. Dizia que não tinha outra opção.

Como assim, cara pálida?

Ora, vai procurar emprego, distribuir currículo, disputar mercado, estudar e fazer concurso. O comércio da região tem várias vagas.
Sem ser radical, mas tem gente por aí que se acha muito capaz, inteligente, competente e trabalhadora, mas nunca arranjou um emprego na iniciativa privada.
Bem verdade que alguns lá estiveram, mas foram escorraçados por incompetência e/ou malandragem ou otras cositas mas.

Uns pedintes chegam a chorar literalmente em gabinetes de prefeito e vice e de vereadores, humilhando-se e até alegando falsamente doenças em familiares. Vão se catar!

O que se quer na verdade é somente cargo de meio expediente, sem bater ponto e dar satisfação. Ou será questão de status? Pelo salário é que não é.

Ora bolas, vão trabalhar nas obras da ponte! Vão vender Jequiti!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A embriaguez do poder

Muitos dos problemas de uma cidade são remotos, de muitos anos, de muitas administrações e que não foram resolvidos porque problemas estruturais, culturais ou de difíceis realizações e soluções.
Outros são muito presentes, surgidos no dia a dia da vida da cidade, da população.
Muitos desses problemas precisam de investimentos, de vultosas somas, elaborados projetos e tempo para serem resolvidos. Outros bastam um pouco de boa vontade, criatividade e inteligência para solucioná-los.

O poder é embriagante já disse alguém (em alguns casos o poderoso vive como de porre com o poder).
O sujeito toma-se de um bastão poderoso - passageiro - mas real. A tinta de sua caneta decide destinos, cala consciências, cria amigos e inimigos.
Bem por isso o poderoso de plantão passa a ser adulado por áulicos que lhe rodeiam, como também por alguns formadores de opiniões.

Muitas vezes se cria um misto de um conto de fadas de Lewis Carrol, vivendo-se como Alice numa cidade das maravilhas, inverossímil; ou de um Pinóquio, de Carlo Collodi, com seu nariz de pau sempre crescendo em suas mentiras e promessas e na busca de tornar-se um menino de verdade.

Ah... se muitos dos desenhos pudessem virar realidades...

Esquecem esses governantes que são eleitos e pagos pela população para trabalhar por ela, dar condições sócio-econômicas para uma vida melhor. “Há quem muito foi dado muito será cobrado”, (Lucas XII: 47-48). Eis uma das inúmeras verdades das escrituras.

E quem não quer melhores condições de vida, ruas calçadas e limpas, lixo recolhido, iluminação pública? Uma cidade apresentável, bonita e desejável e dotada de todas as condições de uma verdadeira “pólis”?

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”... já cantavam Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Marcelo Brito em Os Titãs.
É o retorno puro e simples dos impostos e taxas que recolhemos e dos salários que pagamos aos governantes.

sábado, 20 de julho de 2013

Três cliques neste sábado (II)

Figueira do Mato é seu nome popular. O científico é Fícus Organensis, árvore tradicional de nossa região. Nasce em qualquer lugar, principalmente no beiral de telhados antigos e úmidos. Há quem já tenha plantado suas sementes em vasilhames, em pequenos copos plásticos e não logrado êxito na sua reprodução. Os passarinhos, esses sim fazem o trabalho com sucesso.

Há mais conhecida figueira em nossa cidade é a chamada Árvore de Anita, que nasceu na quilha do Seival, vocês sabem. Mas se o caminhante for um pouco observador, verá aqui e ali várias dessas árvores, ainda em tenra idade, crescendo nos mais inusitados locais.

No casarão onde funciona o Sine, no cruzamento das ruas Raulino Horn e Barão do Rio Branco, uma delas desponta toda altiva, com suas raízes perfurando telhas e estourando rebocos.



No canto da soleira de um estabelecimento comercial, na Praça República Juliana, outra figueira cresce, altaneira.



Na Praça República Juliana, uma estante encostada a uma árvore (novamente uma figueira), chama a atenção dos transeuntes. Abandonada por um “sujismundo”, lá se encontra há mais de mês, enfeando o local. Há quem ainda ache que praças e ruas são as lixeiras de suas casas.

Triste

Lamentável o falecimento da esposa do médico e vice-governador, lagunense Eduardo Pinho Moreira.
Ivane Fretta Moreira, 60 anos, para quem a conheceu, sempre trabalhou muito nos bastidores pelo sucesso político do marido. Atuou na área social e nunca quis maiores divulgações de seus atos generosos.
Sentimentos aos familiares e amigos.

***

Prefeito da Laguna Everaldo dos Santos decretou luto oficial de três dias no município.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nota de falecimento +

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, no CEPON em Florianópolis, o radialista Martinho David Machado, aos 66 anos. Deixa a esposa Iolanda e três filhos.
Sentimentos aos familiares e amigos.

Foram quase 50 anos alegrando as tardes dos lagunenses, principalmente no prefixo da Rádio Garibaldi, com seu programa que trazia muita música, piadas, horóscopo, advinhações. E Martinho tinha um carisma que contagiava a todos que o conheceram. Profissional correto, foi funcionário da Incal/Gaúcha Madeireira, trabalhando na contabilidade das empresas. Apresentou também, no palco do ex-Cine Roma, na década de 70, o programa Buzina do Martinho.

Laguna perde, perdemos todos nós, um grande profissional, uma grande pessoa. Fiz a foto acima alguns meses antes do Martinho se ausentar da Rádio para tratamento de sua saúde. Nunca mais retornou aos microfones. Fui aos estúdios da Rádio Garibaldi e lá registrei mais um momento do Martinho em seu programa. Sorridente como sempre, me recebeu alegre e conversamos por alguns minutos no ar.
Vai deixar muitas saudades em seus familiares e inúmeros amigos.

Corpo está sendo velado na capela mortuária Santo Antônio dos Anjos, avenida Colombo Machado Salles e sepultamento vai ocorrer às 16 horas desta sexta-feira.
P S: maiores informações quanto ao local e horário do velório daqui a pouco.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Monumentos históricos da Laguna estão abandonados e na mais completa escuridão

Que as palavras de nossas autoridades sejam devidamente traduzidas em atos é o que a gente sempre espera.
De nada adianta discursar louvando as belezas da cidade, sua história, cultura e pontos turísticos, se nada ou muito pouco é feito pela sua valorização.
Falam em grandiosos projetos para isso e aquilo, são tantos números citados, milhares, milhões, que a gente nem consegue acompanhar os zeros.
Enquanto isso problemas básicos na cidade vão se avolumando.

Já disse aqui e vou repetir, não me canso não. Nossos governantes têm que fazer o básico, o trivial, o arroz com feijão.
Para isso foram eleitos e são pagos, como um síndico, um zelador para cuidar da cidade. Ninguém votou em secretário, em assessor, em adjunto. Votamos em nomes para prefeito e vice, nos vereadores e é deles que devemos cobrar soluções e providências para os problemas do município.
Se isso não é feito eles são os responsáveis.

Vejam o exemplo dos nossos pontos turísticos, monumentos históricos e culturais. Encontram-se abandonados, sujos e na mais completa escuridão. E não é de agora.
Bustos e estátuas precisam de limpeza, pintura, de um óleo. E o que custa isso? Precisa-se também elaborar projetos e levar para Brasília para lavar, limpar e/ou instalar meia dúzia de holofotes?


Vejam o exemplo – e só vou citar um desta vez - da Casa de Anita, ao lado da Matriz, na Praça Vidal, Ramos, em pleno Centro Histórico:



A Casa de Anita está na mais completa escuridão, com jardim mal cuidado, grama seca e sequer um canteiro com flor.
Não há holofotes direcionais para o prédio e a luminária do poste em frente está queimada há meses, junto com mais três velhos holofotes ali instalados.

E a Casa de Anita, veja só leitor, hoje fica bem ao lado da SECRETARIA DE TURISMO e LAZER DA LAGUNA!!!



Pois é... primeiro façam o dever de casa, depois sim podem falar em gestão, divulgar Laguna em folders, promover seminários, encontros e gastar com publicidade visando atrair turistas.

Ah... esses projetos...

Já viu leitor, que administrar uma cidade hoje em dia é um imenso projeto, feito de centenas de outros projetinhos?
A gente fala em problemas pontuais e lá vem sempre a desculpa:
- Estamos elaborando um projeto para resolver.

É projeto pra isso, é projeto pra aquilo, até para decidir os problemas mais triviais. Nada mais se faz sem antes praticar doutos estudos sobre o tema, com pareceres de tais e tais órgãos.
Querem limpar árvores da cidade? Vamos fazer um projeto.
Querem instalar abrigos para passageiros de ônibus? Estamos elaborando um projeto.
Querem instalar semáforos? Estamos fazendo um projeto.

Querem plantar flores em canteiros e praças? Pois estamos trabalhando num projeto. Substituir um bueiro quebrado? Estamos estudando sua viabilidade e vai ser preciso um projeto. Trocar uma placa de sinalização? Aguardem o projeto. Arrumar os Molhes? Temos um projeto grandioso pra lá. Limpar o Morro da Glória? Estamos aguardando a aprovação do projeto inserido no PAC. Limpar e iluminar os pontos turísticos e monumentos? O prefeito vai a Brasília em busca de verbas para isso. 

Antigamente não tinha nada disso e problemas triviais de uma cidade rapidamente se resolviam com um pouco de vontade e trabalho.
É bem por isso que a coisa não anda, que a máquina emperra. É muita burocracia por nada.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Faltam abrigos para passageiros

Um problema que se arrasta há anos e atravessa várias administrações em nossa cidade é a falta de abrigos para passageiros.
No centro e bairros é uma carência das mais notadas e sentidas por pessoas que aguardam os coletivos.
Vereador Andrey Pestana de Farias (PSD) através do Requerimento nº 368/13, solicitou ao prefeito da Laguna a instalação de vários abrigos, principalmente nos bairros Mar Grosso, Magalhães e Navegantes. Falta também instalá-los no bairro Progresso.

O vereador Andrey frisa nas justificativas de seu pedido, que “Faz-se necessário a colocação em virtude de dar um conforto e que na espera o ser humano  não esteja sujeito as intempéries, assim protegendo-o principalmente nesta estação que tem o maior incidente de chuva. É fato que a prevenção a saúde é política de todo governante”.

Bota bancos, prefeito Everaldo
Um problema de fácil solução e que já mereceu requerimentos de três vereadores e que ainda – por incrível que pareça - não foram atendidos em seus pleitos, é quanto a inexistência de bancos no abrigo (parada) de ônibus na avenida Colombo Machado Salles, centro histórico, ao lado do Mercado Público Municipal (mais precisamente ao lado das barraquinhas).
Passageiros aguardam em pé. Uma vergonha, um descaso.

Os Requerimentos foram dos vereadores José Luiz Siqueira (PT), nº 481/13, em 05/06/2013; e o Requerimento conjunto nº 533/2013, em 19/06/2013, dos vereadores Hirã Floriano Ramos (PSD) e Thiago Alcides Duarte (PMDB).

***

Não é possível que pessoas idosas fiquem em pé, a espera dos coletivos que demandam ao Farol, Itapirubá, Magalhães e Mar Grosso. Além do mais é falta de respeito com o Estatuto do Idoso. Bota bancos, prefeito!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Lançamento do livro Noites de Inverno, de Oclândio Siqueira

Advogado e escritor Oclândio Siqueira convidando os leitores deste Blog, principalmente os que residem em Florianópolis, para o lançamento de seu livro Noites de Inverno – Uma história contada à luz de candeeiros.



Será em 1º de agosto próximo, uma quinta-feira, às 19h30m, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil OAB-SC, avenida Beira-mar Norte.
A obra conta a vinda para o Brasil de imigrantes alemães, incluindo os seus antepassados, e é fartamente ilustrada com importantes e raros documentos, além de muitas fotos antigas e históricas.

Alfredo Gentil Costa, que fez a “orelha” do livro, diz “Que Noites de Inverno é uma alentada e pesquisada história de Peter Becker e Julie Blasberg, imigrantes alemães que vieram com a família para Santa Catarina no ano de 1860, para aqui tentarem a sorte”.

Mais adiante ele escreve que “O heroísmo do casal alemão que plantou a primeira semente da família Becker em solo catarinense, demonstrado na luta penosa e diária pela subsistência, é um testemunho forte e uma homenagem a todos os colonos, alemães e de tantas outras origens, que chegaram ao Brasil naquela época, trazendo consigo muita coragem e uma inabalável tenacidade”.


E Gentil Costa finaliza: “Trata-se de uma leitura  extremamente proveitosa e fluente, não só pelas preciosas informações que nos traz, mas principalmente porque, desde a primeira página, constata-se tratar-se da homenagem sincera e tocante de um descendente aos seus ancestrais, cuja luta foi compartilhada por tantas outras famílias de imigrantes que ajudaram a construir a história de Santa Catarina e do Brasil”.

Desejamos sucesso ao Oclândio Siqueira no lançamento de seu segundo livro, ele que já nos presenteou com "em cantos da alma", em 2005.

Nota de falecimento+

Faleceu na manhã desta segunda-feira em Florianópolis, Vera Pinho Mattar, aos 88 anos, (viúva de Tuffi Mattar) e filha de Francisco (Nélia Tasso) Pinho. Deixa os filhos Nádia e Sérgio.
Sepultamento vai ocorrer às 17 horas de hoje.
Sentimentos aos familiares e amigos.

Nota de falecimento+

Faleceu nesta segunda-feira, no início da madrugada, em Criciúma, onde estava internado, o professor e ex-diretor do Colégio Comercial Lagunense -CCL, Edson Gomes Mattos, aos 76 anos.

Corpo está sendo velado na capela mortuária Santo Antônio dos Anjos (ex-cine-Roma) e às 14 horas segue para Balneário Camboriú.

Sentimentos aos familiares e amigos.

Pura vaidade de ser um político é que não é

Tem político por aí - e a gente fica sabendo pelas internas - que está encalacrado, com dívidas de milhares de reais, devendo até os fundilhos das calças.
Aliás, eis uma coisa que os meus curiosos tico e teco não entendem muito bem. Ou até entendem, mas não compreendem, sei lá.

Sujeito gasta para se eleger às vezes o dobro ou até mais que o dobro do que vai receber em vencimentos durante quatro anos.
Gasta uma caminhão, um prédio cheio de dinheiro. Por pura vaidade de se eleger é que não é. Quem investe tanto numa campanha vai buscar o retorno depois, de alguma maneira. Mesmo os chamados padrinhos de candidatos que investem, também querem algum tipo de recompensa. Ou estão rasgando dinheiro?

Bem por isso o eleitor e a imprensa que não é chapa branca devem ficar sempre atentos aos comportamentos dos eleitos,
Principalmente quem serão os beneficiários de suas ações.


O trabalho e seu fim sempre têm que ser em benefício das comunidades, visando o bem comum, em prol do cidadão. Fugir disso é trabalhar em benefício próprio. Ou de seu grupo e padrinho(s).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Prefeitura da Laguna deveria criar um departamento de paisagismo

Que a Laguna ficou feia e abandonada nos últimos anos isso é público e notório.
A cidade precisa de um banho de loja, para tornar a vida dos habitantes mais agradável e bonita aos seus olhos, principalmente após a concretização das obras do esgoto sanitário.

Turistas que visitam Laguna precisam também constatar, além das belezas naturais em que a cidade é pródiga, o esmero e tratamento que o poder público e os moradores dão a polis onde residem.
Não há, creio eu, quem não queira viver e mostrar a visitantes um lugar asseado e bonito e que receba elogios.

Prefeito Everaldo dos Santos deveria criar no organograma da prefeitura um setor de paisagismo. Este grupo ficaria encarregado, por exemplo, de pintar, florir, iluminar praças, canteiros e ruas, recuperar e manter monumentos, instalar lixeiras, cobrando, acompanhando e fiscalizando os trabalhos de outros órgãos envolvidos.
Em pouco tempo, muito trabalho e algum recurso, evidentemente, já poderíamos colher os resultados da aparência de uma nova Laguna.
Fica a sugestão.


Como é em Balneário Camboriú
Vamos citar o exemplo de Balneário Camboriú para que nossas autoridades possam se espelhar. E bons exemplos devem ser sempre copiados. Na vida, nos serviços públicos e particulares.
Para começo de conversa, vejam o enxuto organograma da prefeitura daquela cidade quanto à Secretaria de Obras, que é assim composta:

Prefeitura de Balneário Camboriú
Estrutura
Secretaria de Obras
  • Departamento de Paisagismo
  • Departamento de Limpeza Urbana
  • Departamento de Obras
  • Departamento de Sistema Viário

E é só.
Agora vamos comparar com o organograma da Secretaria de Obras da prefeitura da Laguna:

Prefeitura da Laguna
Estrutura
Secretaria de Obras
I - Departamento de Serviços e Manutenção de Próprios Públicos:
a) Coordenadoria de cemitérios;
b) Coordenadoria de Manutenção e Ampliação da Iluminação Pública;

1. Divisão de Serviços de Eletricidade;
c) Coordenadoria de Limpeza Pública e Coleta de Lixo;

1. Serviços Gerais;

II - Departamento de Transporte:
a) Coordenadoria de Controle de Frota:
1. Divisão de Registro e Escalas;


2. Divisão de Movimentação de Veículos Pesados;
b) Coordenadoria manutenção mecânica, elétrica e funilaria;
1. Divisão de serviços mecânicos;
2. Divisão de serviços de Funilaria;

III - Departamento de execução e fiscalização de obras públicas:
a) Coordenadoria de Obras e Terraplanagem;
1. Divisão de Obras Rodoviárias;
2. Divisão de Reformas e Melhorias de próprios;
3. Divisão de manutenção de calçamentos;

IV - Departamento de água e Saneamento:
a) Coordenadoria de serviços Municipal de água e Saneamento SEMAS.
1. Divisão de Drenagem pluvial;
2. Divisão de serviços de Abastecimento.

Agora me digam, tem ou não que enxugar esta máquina? Não são muitas coordenadorias, com suas respectivas divisões?

***
Dia desses, dando um passeio por Balneário Camboriú, não pude deixar de observar e fotografar um veículo pertencente àquela prefeitura, com funcionários do Departamento de Paisagismo encarregados de embelezar àquela cidade, preparando canteiros, plantando mudas, regando flores.
Vejam:


No site daquela prefeitura lê-se (os grifos em negritos são meus):

Uma cidade turística deve estar sempre pronta para conquistar definitivamente seus visitantes. Embelezar ainda mais Balneário Camboriú é a função do Departamento de Paisagismo da Secretaria de Obras.
Os jardins dos prédios públicos, praças, rótulas e canteiros, cuidadosamente mantidos sempre floridos pelo Departamento de Paisagismo, são alvos de constantes elogios. O departamento também está desenvolvendo dois importantes projetos: os serviços de paisagismo na Rodovia Interpraias e nos taludes da BR-101. A Rodovia Interpraias, um dos principais equipamentos turísticos do município está recebendo o plantio ordenado de arbustos floridos e árvores nativas, exóticas e ornamentais. Já o ajardinamento dos taludes da BR-101 pretende tornar a principal porta de entrada de Balneário Camboriú um belo cartão de visitas”.


Não me admira que Balneário Camboriú esteja sempre bonito, com praças, rótulas e canteiros continuamente floridos e recebendo elogios de moradores e visitantes.

É difícil copiar o modelo e realizar essas ações em nossa Laguna? Vejam que o exemplo dado não é de municípios das Serras catarinense ou gaúcha, não é em Gramado ou Canela. É aqui bem ao lado, numa cidade litorânea.

Pois é...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

As palmeiras imperiais do Jardim Calheiros da Graça

No começo do século XX, o prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos (1902-1906), promovia naquela cidade uma urbanização, saneamento e civilização da recente Capital da República. Era o chamado “bota - abaixo”.
O centro da cidade foi o local que sofreu as maiores transformações.
Avenidas foram abertas, morros desmanchados, mangues aterrados. Nem tudo deu certo, é bem verdade. Cortiços foram derrubados e sua população sem ter pra onde ir e não querendo se afastar do centro começou a subir os morros dando origem à ocupação desordenada até hoje.
Mas os maiores objetivos, que era o saneamento básico e a higiene foram conseguidos.  Pereira Passos quando estudou em Paris, tinha presenciado as reformas urbanas promovidas por Georges-Eugène Haussmann e as implantou no Rio de Janeiro.

Urbanização também na Laguna

Na Laguna não era diferente. No segundo quartel do século XIX, com a chegada de imigrantes e o início da exploração do carvão no sul do estado e construção da Estrada de Ferro Tereza Cristina, uma onda de progresso começa a varrer a cidade.
Teatro, clubes, Sociedades Musicais e carnavalescas, Grupos Escolares, jornais, biblioteca, hospital, mercado, são construídos e inaugurados. Pelo porto da cidade escoavam produtos primários e chegavam os manufaturados. O tráfego com outras praças era intenso, inclusive com o Rio de Janeiro.
“Inegavelmente, foi a época de maior luxo em nossa terra”, diz Saul Ulysséa, em sua obra A Laguna de 1880.

Pois nos primeiros anos do século XX, comerciantes, armadores e autoridades do município se reuniram para dar uma nova cara para a cidade. Foi criada, em 14 de julho de 1907, por iniciativa de Ataliba Goulart Rollin, uma “Comissão de Aformoseamento” para sugestões, projetos e arrecadação de numerários para as futuras obras.
É quando surge o jardim Calheiros da Graça e seu chafariz no antigo Campo do Manejo, a construção do cais em granito, passeios, calçamento de ruas, iluminação elétrica, etc.

O Jardim Calheiros da Graça e as palmeiras imperiais
Do Jardim Botânico de Petrópolis são encomendadas as Palmeiras Imperiais para o Jardim Calheiros da Graça.

Numa crônica de Agenor dos Santos Bessa, podemos ler que foram Ataliba Goulart Rollin e seu cunhado José Guimarães Cabral quem construíram o Jardim Calheiros da Graça as próprias expensas.

Os dois, em contatos com autoridades no Rio de Janeiro, encomendaram oito palmeiras ao Jardim Botânico de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ataliba Goulart Rollin era Botânico e conhecia o Jardim da Cidade dos Príncipes.

Em 1915, diz Agenor Bessa, chegaram a Laguna pelo navio Mayrink oito mudas das palmeiras que foram plantadas por Fernando Chatão, que foi o primeiro jardineiro que a então Superintendência da Laguna (hoje seria prefeitura) colocou como encarregado do nosso Jardim em cujo cargo esteve até a década de vinte.
Elas chegaram pequenas, mas se adaptaram tão bem, que em poucos anos atingiram a altura de muitos metros.
 
O Jardim Calheiros da Graça na década de vinte, ainda com o muro e cerca de proteção, que foram retirados em 1925. Observe o pequeno tamanho das palmeiras na esquina da rua Santo Antônio com XV de Novembro. À direita na foto, a bandeira do Clube Blondin tremulando em sua antiga sede.


O saudoso músico e escritor Agenor Bessa, num rasgo poético escrevia lá em sua crônica de 1982, uma verdadeira ode às palmeiras. Acompanhem, e sintam a beleza do texto:

“Aí estão as palmeiras, assistindo festas, testemunhando início e fins de gerações, chorando enterros, assistindo casamentos, ornamentando desfiles e passeatas cívicas, ouvindo retretas e concertos, assistindo procissões, festas carnavalescas, idílios amorosos!
Quantos segredos, não estarão elas guardando! Se elas falassem e rissem assim como os humanos! Que franco gargalhar quando tivessem que contar as bazófias, as mentiras, as falsas promessas apresentadas nos comícios políticos havidos durante todos esses anos de existência!
Oh! Testemunhas mudas porém vivas do rebu desta cidade que ri, que chora, que aplaude, que sofre as mais doridas injustiças! Que se humilha diante dos algozes!
Oh! Palmeiras Imperiais! Oh! Calheiros da Graça! Atrativos poderosos dos saudosistas que te contemplam embevecidos relembrando suas mocidades”.

As palmeiras imperiais precisam urgentemente de cuidados


As palmeiras imperiais do Jardim Calheiros da Graça também estão necessitando de maior atenção por parte das autoridades, a exemplo da Árvore de Anita e de outras árvores do local. Isso urgentemente.
As oito palmeiras imperiais estão lotadas de parasitas que precisam ser removidas e com enormes buracos em seus troncos, parecendo conter alguma praga.

Presidente da Fundação do Meio Ambiente da Laguna (Flama) Amenar de Oliveira, sinalizou com providências para breve.

Aguardemos.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Árvore de Anita e o Jardim Calheiros da Graça

Lembra leitor, daquela matéria publicada aqui no dia 27 de junho último, versando sobre a Árvore de Anita e situação de outras árvores do Jardim Calheiros da Graça?
Relembre, basta clicar:

Há também outra matéria, esta feita em 03 de dezembro de 2011. Veja:


Pois a presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente, Amenar Oliveira entrou em contato comigo dizendo que a “situação é realmente séria”.
Sobre o problema, a presidente diz que já enviou ofício ao Iphan solicitando o inventário arbóreo do Jardim e autorização para efetuar um trabalho de limpeza, desinfecção e revitalização da Praça e que já recebeu essa autorização.

Agora a Fundação Lagunense do Meio Ambiente da prefeitura da Laguna está elaborando o projeto, mas devido à urgência do caso, providências serão tomadas quanto à Árvore de Anita. “Não sei se ela ainda tem recuperação, mas vamos ver o que é possível fazer”, afirmou Amenar de Oliveira.

Foi sugerida pela presidente, a possibilidade de um mutirão reunindo moradores e comerciantes do entorno e imediações da Praça para participarem da limpeza e revitalização das árvores do Jardim, juntamente com funcionários da FLAMA e orientados por um biólogo.
“Pois embora a princípio não pareça, trata-se de um trabalho demorado e muito cuidadoso”, explicou Amenar de Oliveira.
 
Jardim Calheiros da Graça em cartão-postal da década de 60.
Vejamos. O problema do Jardim é antigo e a situação da chamada “Árvore de Anita” mais ainda, conforme fiz constar na matéria do Blog.
Clamo as autoridades desde muito tempo e nunca encontrei eco. Que ótimo que agora providências estão sendo tomadas nesta administração de Everaldo dos Santos em quem 16.669 eleitores lagunenses depositaram suas esperanças.

Quanto à sugestão de que os próprios moradores e comerciantes do entorno e imediações da Praça participem de um mutirão de limpeza acho complicado.
E explico: primeiro porque quase não há mais moradores no entorno e/ou são idosos; é um serviço complexo e demorado, como mencionado; segundo que é um serviço que oferece riscos, é perigoso porque demanda subir em árvores, podar galhos...
Bem diferente de recolher lixo nas pedras dos Molhes, por exemplo, que pode ser feito por escolares e por membros de clubes de serviços.

Penso que o melhor seria a participação de soldados da Polícia Ambiental, bombeiros e operários de frente de trabalho da prefeitura, com a utilização de caminhão munk com os chamados cestos (muito utilizado pela Celesc) e escadas que alcancem grandes alturas, pois serão necessários esses veículos e ferramentas para limpar as palmeiras imperiais e árvores de maior altura, que são maioria, com acompanhamento de técnicos.

Há ainda a possibilidade de contratação de empresa com funcionários para realização do serviço, desde que acompanhados por técnicos da área. Seria mais rápido, seguro e eficiente.
Penso que esta sim seria a melhor solução.

Muitas árvores estão completamente secas, oferecendo inclusive perigo aos transeuntes, crianças e idosos em sua maioria. Renovo minha sugestão de um contato através da Flama/prefeitura com o Museu Imperial, em Petrópolis, para obtenção de mudas de árvores para plantio no local.

Na matéria publicada anteriormente neste Blog esqueci-me de citar, mas penso que pequenas placas (tabuletas) com os nomes científicos das árvores e como são conhecidas popularmente, também seriam de grande valia, principalmente aos escolares, a exemplo do que é feito no Jardim Oliveira Belo, na Praça XV de Novembro, em Florianópolis.

Agradeço a atenção e preocupação da Presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente Amenar de Oliveira e torço pelos trabalhos, em nome da Laguna e estarei à disposição para divulgar o que está sendo feito.




Papo-furado

Não acredito nesse papo que fulano está rompido com ciclano, que determinado político não fala mais com beltrano, que não mais se conversam, que estão brigados, de mal e não frequentam mais os mesmos lugares.
Tudo papo-furado. Os exemplos ao longo do tempo são muitos.

Basta os interesses convergirem novamente, lá na frente ou a qualquer momento, que num instante eles já estão de cama e mesa, jurando eternos amores.

Quando um político diz que rompeu politicamente com outro, tem que romper mesmo, de fato desligar-se, dar um basta, não receber mais vencimentos se for o caso. A gente sabe que isso não acontece.
Quem faz isso? Brigam, falam mal pelas esquinas, restaurantes e bares, mas depois estão todos amiguinhos.

Além do mais quando eles brigam, fiquem certos, nunca é pela cidade. O motivo principal – sempre – são lutas intestinais pelo poder.  

Ou então - quem sabe? - um ou outro passou alguém pra trás nos negócios.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Semana Cultural da Laguna deste ano tem data alterada

Tradicionalmente, desde que foi criada, em 1981, a Semana Cultural da Laguna acontecia anualmente de 23 a 29 de julho. Uma semana de programação, culminando o encerramento do evento com a data de aniversário do município, onde uma homenagem era efetuada aos pés da estátua do fundador Domingos de Brito Peixoto, com corte de bolo, fogos, banda, etc.

Este ano, a Fundação Lagunense de Cultura informa, via secretaria de Comunicação Social da prefeitura, que o período foi alterado e passou a ser de 29 de julho a 4 de agosto. Não foi dito o porquê da mudança.

Quatro de agosto foi a data em 1849, que aconteceu a morte de Anita Garibaldi, mas imagino que ninguém vai querer “comemorar” aniversário de morte, até porque o dia em homenagem à Heroína Lagunense é 30 de agosto, data de seu nascimento em 1821, conforme Lei estadual nº 15.486/2011, aprovada pela Assembleia Legislativa, projeto de autoria da deputada Ângelo Albino.

Enfim, como a programação da 32ª Semana Cultural ainda não foi divulgada, não posso publicá-la. Aguardemos.

Mas posso escrever algumas palavras sobre como eu vejo a Semana Cultural desde o seu início, num rápido retrospecto. Eis:

O surgimento da Semana Cultural

A Semana Cultural da Laguna começou em 1981, no governo do prefeito Mário José Remor. Tinha entre seus padrinhos, baluartes, os considerados intelectuais Salun Nacif e José Paulo Arantes que eram, respectivamente, presidente do Conselho de Cultura e secretário de Educação do governo municipal. Contavam também com o apoio de Manoel Américo de Barros e Abelardo Calil Bulos.
Desde que foi criada e até o governo de João Gualberto Pereira (1983-1988), a Semana Cultural fez e aconteceu. Um sucesso que atraia a população, rede escolar e muitos visitantes, além da mídia do estado que ajudava na divulgação do evento.

Tenho até hoje uma medalha da 1ª Semana Cultural, onde obtive o 3º lugar no Concurso Literário/Crônicas, com o texto “Monólogo da Volta”, que através de convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, foi publicado na Revista Discente nº 4, editada pela Universidade. Era reitor da UFSC, o professor Ernani Bayer.

Também participaram da antologia, José Genário Machado, com “Um velho na praça pensando”; Karim Calil Bulos, com “Os dias sempre são diferentes”; Sílvia Maria Oliveira, com “Sempre vou lembrar”; Jacqueline Soares Bulos, com “Minha chegada a teu mundo” e “Numa seca manhã”; e José Carlos Ramos, com “Fé na vida”.
Prefácio da obra feito pelo saudoso professor Lauro Junkes.

Semana Cultural caiu na mesmice

Com o passar dos anos, a Semana Cultural caiu na mesmice, começou a repetir-se. As mesmas exposições, os mesmos grupos se apresentando, as mesmas pessoas... o público começou a desinteressar-se.

Além do mais, alguns governantes, no passado, poucos afeitos à cultura, em muitas Semanas Culturais apenas cumpriram o calendário, por obrigação, sem maiores novidades, sem empolgação mesmo. Saiu, inclusive, do âmbito do Conselho de Cultura e passou para a Fundação Lagunense de Cultura, surgida em 1993.

Exceção do Relicário Musical, criado com sucesso pelo secretário de Turismo Waldyzinho Sant’Anna no segundo governo de João Gualberto Pereira (1997-2000). Depois alteraram, na administração seguinte, o nome para Noite da Seresta.

Até que no governo Cadorin (2001-2004), sejamos justos, surgiu o espetáculo da “Tomada da Laguna”, que timidamente iniciado, tomou vulto, transformando-se, reunindo atores de grupos teatrais, músicos, e atores e atrizes globais, a ponto do espetáculo tornar-se caríssimo, ser o evento principal da Semana Cultural e “engolir” as outras atrações, as manifestações folclóricas e culturais de nossa terra que se realizavam na data.

O espetáculo foi tão bem recebido pela crítica e público, com uma competente mídia de divulgação, que continuou sendo promovido mesmo no governo posterior. Com outra roupagem e nome, é bem verdade, “A República em Laguna”.

E é isso. Assessores da Fundação Lagunense de Cultura em governos anteriores me disseram que as ideias e planos eram muitos, mas esbarravam sempre na falta de um maior orçamento da Fundação exclusivo para o evento.

Aliás, a Fundação Lagunense de Cultura com o tempo penso que fugiu bastante de suas atribuições originais, passando a ser utilizada quase que exclusivamente como um órgão captador de grandes recursos para o Carnaval, Tomadas e Repúblicas.

Para realização da Semana Cultural a verba era diminuta, com assessores de pires na mão, impossibilitados de maiores investimentos, solicitando ajuda de empresários lagunenses para sua realização, até na compra do bolo de aniversário da cidade. Uma humilhação.


Esperamos que a Semana Cultural da Laguna, agora em nova administração, volte a ter o brilhantismo de seus primeiros anos, enaltecendo a cultura local, nossos artistas, gastronomia e elevando Laguna ao patamar de terra da cultura.