Direto do túnel do tempo. Em 1969,
uma excursão de lagunenses partiu de nossa cidade em direção a Punta del Este, no Uruguai.
Foram dias de muita alegria.
No comando do passeio, Joselino Alves de
Oliveira, então gerente local da empresa Santo Anjo e pouco depois também
competente secretário do Colégio Comercial Lagunense - CCL.
De seus arquivos para o Blog,
Joselino nos envia a foto e com ela a lembrança de saudosas pessoas. A maioria
já foi para o andar de cima.
Há muita gente conhecida na foto.
Você reconheceria algumas delas? Não precisa conhecer todas. Vamos participar? Deixe seu comentário. Os nomes enviados pelos estimados leitores, publicarei em bloco dentro de alguns dias.
Para ampliá-la, basta clicar sobre
a foto.
Resultado. Nomes do foto-teste:
Agradeço a Carlos Araújo Horn, Fátima Barreto Michels, Maria de Lourdes
Goulart Barreto e João Carlos Silveira, leitores deste Blog, que participaram
do foto-teste.
Pelo que tenho anotado e pude pesquisar, são as seguintes pessoas na foto,
faltando apenas os nomes de três:
Em pé, da esquerda
p/direita:
Nail de Lima Ulysséa, Gilleti dos Anjos Freitas, Norma Duarte Waterkemper,
Dulcimar Toldo, Ema Werner de Miranda, Terezinha Remor de Oliveira, senhora
Silvio Castro, Marcilia Soccas Ribeiro e Cid Schmidt Ribeiro, Dinorah e Nilor
Rollin, Mário Remor e Cerize, Lurdinha Schiefler, (?), (?) e Joselino Alves
Oliveira.
Sentadas:
Silvia Ulysséa Baião, Letícia Remor Toldo, (?) Ninita Martins Soccas, Waldéia Ayub Elias ao lado da Valdéia, Zatir Soccas e Nilza
Bento.
Na porta de um estabelecimento comercial no centro histórico da Laguna (Rua Barão do Rio Branco), a
demonstração do excesso de zelo (ou será mera falta de segurança?).
Em se plantando tudo dá. Às vezes nem
precisa
Como diz um amigo meu, se a gente planta não vinga, mas nos telhados dos
casarios lagunenses (a foto é na rua Raulino Horn) a orquídea viceja sem
maiores cuidados da mão do homem. A natureza é sábia e o Criador tudo vê, tudo
sabe e tudo cuida.
Em qual pezinho caberia?
Na praia do Iró, entre as belas pedras rosadas do local, sobre um tronco
cortado, repousa um pé de sapato abandonado ou perdido.
Qual será a princesa ou sereia que nas noites festeiras lagunenses, antes
da meia-noite por certo, apressada em busca de sua carruagem, deixou para trás
o calçado (e quem sabe seu coração?).
Lembra daquela nota aqui há alguns dias sobre a falta de bancos no abrigo
de ônibus da avenida Colombo Machado Salles, ao lado das "barraquinhas"?
Pois a Secretaria de Obras nesta terça-feira finalmente instalou os bancos. Veja:
De acordo com o secretário de obras, Orlando Rodrigues, essa era uma
antiga reivindicação da população: “Nosso objetivo é dar maior comodidade e
conforto para quem utiliza o transporte público”, frisou. Viva, viva! Bem verdade que não há uma padronização dos bancos. Há todo tipo de material. De madeira colorido, de madeira tipo jardim, de concreto. Mas aí já é ser chato e exigir demais. PS: Falta agora instalar abrigos no Mar Grosso, Navegantes, Magalhães, Progresso, Portinho...
Faleceu nesta quarta-feira, 21, no
Hospital Nª Senhora da Conceição, em Tubarão, Antônio Ricardo Vieira (Nico
Cabelão), aos 74 anos.
Corpo está sendo velado na capela
mortuária Santo Antônio dos Anjos (ex-Cine Roma) e sepultamento acontece nesta
quinta-feira, às 10 horas, no cemitério da Cruz.
Familiares de Emilia (Miloca) Guedes, convidam parentes e amigos para
participarem da Missa de Sétimo Dia em sua memória, a realizar-se nesta
terça-feira, 20, às 19 horas, na igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos.
Faleceu às 23 horas desta quarta-feira, Emilia
Guedes, mais conhecida como Miloca, aos 92 anos.
Corpo está sendo velado na capela da funerária
Santo Antônio dos Anjos (ex-Cine Roma) e sepultamento vai ocorrer às 15 horas desta quinta-feira, 15, no cemitério da Cruz.
***
Minha tia-madrinha Miloca, irmã de meu pai, trabalhou por muitos
anos, até sua aposentadoria, no comércio de nossa cidade, principalmente na
Sapataria Speck, do seu Admar e depois Missinho Speck. Bondosa, atenciosa, foi
exemplo de funcionária, sempre muito querida por todos. Sua vida foi dedicada ao próximo, através de suas orações e benzeduras. Fica no coração da
gente e na saudade de quem a conheceu. O Pai eterno a receberá de braços abertos.
A história da Laguna é repleta de
maledicências e traições.
Vários foram os acontecimentos ao longo desses
mais de 3 séculos que ficaram registrados nesse chão do sul do Estado.
Se a terra lagunense foi palco e cenário de muitos
feitos heróicos que mereceram o registro nos anais da história pátria, foi,
igualmente, lugar de sórdidas tramas, de mesquinhas atitudes e de acontecimentos
nefastos tramados nos bastidores.
Das maledicências não escapou nem mesmo
Francisco de Brito Peixoto, o filho do fundador da Laguna, Domingos, que chegou
a ser encarcerado em 1720 pelo juiz da Vila, Manoel Gonçalves Ribeiro, por
ordem do governador do Rio de Janeiro e para lá Francisco foi enviado, preso,
conforme nos conta o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral em sua obra
intitulada: “Laguna e Outros Ensaios”,
às páginas 47 a
59 , e editada em 1939.
Encarcerado devido às intrigas de um tal de Manoel
Manso de Avelar ("que apesar do sobrenome não era manso coisa nenhuma"), residente
na Ilha de Nossa Senhora do Desterro. Um mandão, lá da Freguesia de Santo
Antônio de Lisboa.
Diz Cabral, que Francisco Brito soube se
inocentar, acusando Avelar e o juiz Ribeiro de formarem uma quadrilha que explorava
contrabando e navio negreiro. (Não me
admira que quisessem destruir o correto e honesto Francisco de Brito Peixoto).
Os acusados conseguiram se safar e voltaram a
Desterro dois anos depois. Mas escreve Oswaldo Cabral que os acontecimentos de
tal maneira prejudicaram Brito que mais no futuro de nada lhe adiantaram os
pedidos ao El Rei, no Rio de Janeiro, de “um
quinhão de terras para a lavoura”.
Pedido negado logo a ele que depois de tantos
sacrifícios e dedicação à sua pátria, onde empregou todos os seus recursos pessoais
na povoação e exploração das terras ao sul. Logo a Brito, heróico bandeirante
paulista, “patriarca da família rio-grandense”, com seus gestos patrióticos e
de resignação.
O pedido de terras foi negado porque uma comissão da Laguna já havia
enviado documento assinado ao El Rei, “fazendo
sua caveira”, onde afirmava que Brito Peixoto não havia ajudado a desbravar
o sul. Deslavada e calhorda mentira!
Atente ao detalhe:um grupelho de lagunenses mandou um documento direto ao Rei, fazendo
fofoca.
Veja só!
Ir à Capital ou remeter um documento falando mal
de um conterrâneo, tentando
destruí-lo, já acontece desde aquela época!
Desde
1720 !!!
Iam à Desterro a cavalo, ou pelo mar, a bordo
de palhabotes para fazer fofocas. Nada diferente do que acontece hoje e bem
mais rápido do que naqueles tempos.
Pois por conta dessas fofocas, Francisco de
Brito Peixoto morreu na miséria, esperando suas terras, tendo ao lado somente
sua amada sobrinha, Ana de Brito, mulher santa que o confortou em seu leito de
morte, conta Cabral.
E finaliza na página 112, que “Da
terra bastava-lhe agora àquela que recebera o seu velho e cansado corpo. Assim
recompensou El Rei ao seu vassalo”.
Como se vê, há sempre na Laguna uma comissão
no meio do caminho. E sempre foi esse tipo de comissão que prejudicou esta
cidade ao longo de toda sua história. Comissões formadas, na maioria das vezes,
por pessoas que se dizem representantes da Laguna, mas que cruelmente emperram
o progresso desta terra e da sua gente, visando quase sempre seus próprios interesses.
Comissões que chegaram a esbarrar-se em
ante-salas de governadores e autoridades outras, cada uma puxando para o seu
lado, impondo dificuldades, dividindo e enfraquecendo.
Uma comissão entrava no gabinete solicitando
algo para a cidade. Em seguida outra comissão visitava a mesma autoridade e
também solicitava, só que ao contrário, que o pedido anterior não fosse atendido. Laguna só perdia.
Mesmo nos dias atuais, certos acontecimentos e
atitudes maculam o caráter e a honestidade de muitos homens de bem que aqui
nasceram e deixaram suas marcas, sempre em defesa da Laguna. Sempre por Laguna,
honrando e lutando pelas mais legítimas reivindicações de seu povo e sua gente.
A união, por esses lados, nos dicionários de
muitos, não existe. É ausente. Brigas, picuinhas, ciúmes políticos (e ciúme
político de homem é mil vezes pior do que ciúme de amor de mulher),
questiúnculas, disse-que-disse e fofoquinhas vão se sobrepondo a tudo e todos.
União! Eis a palavra chave. Enquanto este
sentimento não vicejar por aqui continuaremos de pires na mão, “pedinchões”, aceitando
migalhas e lamentando as reivindicações nunca atendidas.
Há
muitos administradores por aí que preferem ser enganados e receberfalsos elogios de áulicos que lhe rodeiam, de
assessores e de alguns jornalistas e radialistas chapas brancas, do que ouvir a
voz rouca das ruas ou as verdadeiras opiniões de amigos ou de quem quer o melhor
para a cidade e população e que não vai pular do barco a qualquer mudança de ventos
ou ameaça de um naufrágio eminente.
Querem
assim? Que assim seja. Depois não reclamem.
O leitor aqui do Blog sabe muito bem que não sou afeito a reproduzir
elogios a minha pessoa ou a esta página, não faz o meu gênero. Mas sempre há exceção.
Há alguns dias (27/07) trouxe aqui a capa da mais recente obra do escritor
João Carlos Mosimann, “Catarinenses Gênese e História”, tecendo alguns
comentários sobre o livro, que estou lendo.
Passados alguns dias da publicação, recebi agradável e-mail do escritor. Eis:
Prezado Valmir
Agradeço as referências a
meu livro “Catarinenses” e a minha pessoa, interessado que é em nossa rica
História, especialmente a de Laguna. Parabenizo-o pela excelência do blog, que
já incluí em meus favoritos.
Grande abraço
João Carlos Mosimann
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Seu gesto demonstra a educação dos que
nasceram em berços privilegiados e suas palavras um incentivo e estímulo na
continuação deste meu trabalho, além de aumentar minha responsabilidade na
escrita e nos assuntos abordados.
João Carlos Mosimann
Sou admirador de João Carlos Mosimann, por sua
competência, retidão de caráter e honestidade, atributos que empreendeu (e
empreende) durante sua vida. É uma opinião que faz coro a de muitos de seus
amigos. Em sua trajetória profissional, exerceu cargos nas empresas Celesc,
Eletrosul e Ministério de Minas e Energia, nas áreas de finanças e planejamento.
Mosimann ainda é autor de "Porto dos Patos; "A Invasão Espanhola";
"Tragédia e Mistério na Villa Renaux"; "Os Aviadores Franceses a
América do Sul e o Campeche". Livros sempre consultados em minhas leituras
de pesquisa. Publicou também “Famílias de Brusque”.
Sem dúvida, João Carlos Mosimann é
um dos maiores pesquisadores catarinenses da atualidade.
Há alguns anos, nosso pesquisador e historiador Antônio Carlos Marega
recolheu algumas sementes da chamada “Árvore de Anita” e plantou-as no quintal
de sua casa. Quando duas delas vingaram e se tornaram pequenas mudas, foram
doadas para professores; uma para o Colégio Stella Maris e lá replantada, mas
logo após, com as obras de construção do Ginásio de Esportes no local, a árvore
que já estava de bom tamanho, foi arrancada.
Outra muda da figueira, doada pelo Marega, foi levada pela professora Márcia
Brígido e plantada no jardim defronte a hoje Escola de Ensino Médio Almirante
Lamego - CEAL, numa pequena solenidade reunindo estudantes. É a árvore da foto.
Portanto leitor, quando passares por ali, fique sabendo que àquela
figueira é filha da “Árvore de Anita”.
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Um disco voador na Laguna?
Visto de alguns ângulos bem parece um o.v.n.i. sobrevoando os céus de
nossa cidade.
Pura ilusão. É apenas o cocuruto de uma caixa d’água em uma construção ao
lado do Colégio Stella Maris, no antigo estaleiro, não tem?
Mas que parece, parece.
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Ajoelhou tem que... falar
No único orelhão situado na Praça dr. Paulo Carneiro, defronte ao Mercado
Público, o usuário tem que se ajoelhar humildemente para falar. Não há outra opção.
Descaso é pouco.
“A memória, na qual cresce a história, que por sua vez a alimenta,
procura salvar o passado para servir ao presente e ao futuro”. (LE GOFF).
O Arquivo
Público da Laguna, criado pela Lei nº 1047, de 30 de agosto de 2004, situado na
chamada Casa Candemil, está se perdendo.
O estado dele
e da citada edificação onde está situado é deplorável, uma vergonha, e não vem de hoje. Atravessa
várias administrações. Descaso é pouco com nossa cultura e história.
Abaixo, imagens tristes, mas reais da atual situação do Arquivo Público da Laguna, em fotos que fiz semana passada. Vejam se não é uma vergonha, um atentado contra nossa história e cultura:
Na verdade o acervo de documentos históricos, livros, jornais, certidões, atas, processos da comarca, etc. está depositado num péssimo local, conforme os técnicos.
Prédio úmido, mofado, com goteiras, mesmo depois de restaurado. Não há calefação, desumidificadores. As luminárias estão queimadas. Prateleiras abarrotadas e despencando, caixas amontoadas, documentos no chão, empilhamentos prejudiciais, cupim, ratos, baratas, traças... O assoalho está podre e com buracos.
Além disso, há muitos documentos que somente deveriam ser consultados por pesquisadores, com cuidados apropriados, uso de luvas, máscaras, óculos, etc. Há que se fazer primeiramente uma completa higienização e com funcionários especializados contratados.
Em muitas ocasiões, em administrações passadas, a Casa Candemil serviu somente como uma espécie de desterro, onde pra lá eram mandados funcionários da prefeitura que se tornavam politicamente inconvenientes. Ou para abrigar indicados políticos de vereadores, sem nenhuma formação na área.
De que adianta cantar em versos e prosas nossa cultura, promover seminários e semanas culturais, se o básico, o necessário não é feito? Precisamos salvar urgentemente nosso Arquivo Público Municipal. Eis um ótimo assunto e problema a ser abordado na 1ª Conferencia
Municipal de Cultura que será realizada na Laguna, nesta semana, dias 9 e 10,
no auditório da Udesc.
Em maio de
2010, portanto há mais de três anos, reportagem de Marco Antônio Mendes, com imagens de Adeilson Silvério, da
Unisul TV, já mostrava o descaso com a nossa história.
Veja:
No mesmo ano
e mês abordei neste Blog a situação do Arquivo. Desde então nada mudou. Para
ler:
Em
janeiro deste ano foi divulgado no site da prefeitura e jornais da região que o
Arquivo Público teria um novo endereço.
Para
isso o prefeito Everaldo dos Santos esteve reunido com o secretário de
Desenvolvimento Regional da Laguna Nazil Bento Júnior, solicitando a
disponibilização do prédio onde funcionava o Departamento Estadual de Trânsito
e Segurança Viária (DETRAN), na rua Santo Antônio, para instalação do Arquivo
Público Municipal.
Da
reunião participaram, além do prefeito e do secretário da SDR, o então
presidente da Fundação Lagunense de Cultura Antônio Cláudio Ramos; a chefe do
escritório técnico do Iphan de nossa cidade arquiteta Ana Paula Cittadin; o procurador
jurídico do município Vanderlei Scopel e o secretário-adjunto de Planejamento arquiteto
Leonardo Fernandes Pascoal (hoje presidente da Fundação Lagunense de Cultura).
Na
ocasião o prefeito Everaldo frisou indignado que “Documentos históricos não podem ficar como estão”.
O
então presidente da Fundação, Antônio Claúdio, declarou que se trata de uma medida
em caráter emergencial. “Registro do
século 17 no meio do cupim e da umidade, é lamentável”.
Já
para a chefe do escritório técnico do Iphan, arquiteta Ana Paula Cittadin, era
necessária a mudança urgente do acervo.
“Estamos muito preocupados com o péssimo estado de conservação dos documentos
históricos. Pretendemos fazer a mudança o mais rápido possível para que não se
perca nenhum documento”.
Pois os
documentos continuam se perdendo, devido à umidade, traças, cupim, ratos, baratas e incúria
das nossas autoridades.
Mudança
da prefeitura alterou os planos
Em
abril, com a mudança da prefeitura para vários endereços, as instalações do
prédio do DETRAN, já cedido pelo estado, foi ocupado não pelo Arquivo Público
Municipal e sim pela secretaria de Educação e Esportes do município, que se
mudou do antigo Fórum, onde primeiramente foi alocada.
Sobre
o acervo do Arquivo Público desde então não se falou mais nada. E passaram-se
os meses, já estamos em agosto.
Uma
caiação externa nas paredes da Casa Candemil está sendo efetuada, mas a grande riqueza
da Casa, que é o seu acervo, continua em estado deplorável, se perdendo. Como diz o ditado: "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento". As
fotos não mentem.
Até
quando esta situação prefeito Everaldo dos Santos?
***
P S: Sabe-se que dos vinte projetos
apresentados pela prefeitura da Laguna ao Programa de Aceleração de Crescimento
Cidades Históricas, o badalado PAC, está incluído R$ 375 mil para execução da
obra de restauração do arquivo público Casa Candemil.
Mas
até o momento não foram divulgados pelo governo federal quais os projetos contemplados
da lista dos vinte enviados. Pode até não acontecer. E pergunto: o acervo também está
incluído no projeto? Ou os R$ 375 mil são somente para realização das obras
físicas?
De última hora: esta semana, em medidas paliativas da
Fundação Lagunense de Cultura, algumas tábuas/barrotes do assoalho da Casa
Candemil estão sendo trocados e por conta disso, armários foram deslocados, com
caixas de documentos espalhados pelo local.
Bato
mais uma vez na mesma tecla e apelo ao prefeito Everaldo dos Santos: o Arquivo
Público Municipal precisa de mais atenção e urgentemente ser instalado em outro endereço, mais
condizente com nossa história e com a memória da Laguna, de seus antepassados e
do Brasil.
Na quinta-feira, 1º de agosto, o salão de
eventos da sede da OAB na avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis foi pequeno
para receber o grande público que foi prestigiar o mais recente livro de Oclândio
Siqueira, "NOITES DE INVERNO" - Uma história contada à luz de candeeiros.
Mais de 200 pessoas, entre familiares e amigos
prestigiaram o evento. Muitos lagunenses presentes, num clima de alegria,
descontração e recordações.
Parabéns ao advogado e escritor Oclândio
Siqueira, que juntamente com sua Adelina, filhos e netas, tão bem souberam
recepcionar os convidados.
Abaixo, alguns registros que fiz e também
fotos de Oclândio Pinho Siqueira:
Jornais
Notisul e Diário do Sul desta quarta-feira abordam o famigerado problema do
canil municipal da Laguna, situado na Barbacena.
Se é que
aquilo pode ser considerado um canil. Pra mim não passa de um depósito de bichos,
tanto que a prefeitura da Laguna está proibida pelo Ministério Público de
recolher novos animais para o tal local.
Se o
Ministério Público proibiu é porque o chamado canil não tem condições de
abrigar animais.
Algumas pessoas
que lá estiveram no sábado, 27 de julho último, constataram que as condições
continuam precárias.
Vejam algumas
fotos tiradas e postadas no facebook:
Uma das
pessoas que lá esteve levando papelão e ração escreveu:
“Nem nas fotos dá pra mostrar o
quanto esse local está podre! O cheiro é horrível, no pote de água parecia que
tinha sopa e não água, os cachorros pisoteiam as fezes. E o pior é a carinha
deles que parecem estar pedindo socorro. Nunca na minha vida eu fiquei tão
impressionada com algo como fiquei ao chegar lá...”
Outra pessoa desabafou:
“Este é o Canil de Laguna, feito pela “administração anterior” e a
atual administração parece que não está dando muita importância para estas
vidas.
Sabemos que estão em fase de termino de processo administrativo de licitação
para um novo canil, mas perguntamos: porque não tem veterinário contratado para
cuidar destas vidas? Porque não alugam um lugar provisório para tirar estes
animais deste local que está contaminado e onde eles possam se aquecer neste
inverno gelado? Porque alguns animais estão tão magros? Por quê a sujeira
continua a mesma? Por quê?”
As fotos
mostram claramente a sujeira e há depoimentos testemunhais. Não como negar.
Que tal se uma
comissão de vereadores comparecesse no chamado canil para também testemunhar e
constatar a real situação?
Leiam as
matérias dos dois jornais. Volto em seguida:
O secretário
de Saúde Luiz Felipe Remor, sempre muito falante, contesta, mas ele mesmo lá
esteve tempos atrás e constatou in loco
o problema.
O que se está
querendo é uma solução urgente. Foi herdado da administração passada, não resta
dúvida, mas tem que ser resolvido e para isso um novo governo foi eleito. Era a
esperança de todos nós e os meses estão se passando.
Esse novo
canil a ser construído/alugado no sítio Bonanza, conforme informou o
secretário, está sendo prometido há meses. Já vamos para agosto e até agora
nada. O secretário Felipe acena para o mês de setembro. Será deste ano,
secretário?
Em maio de
2013 as promessas já eram as mesmas, as mesmas palavras. Constate em matéria postada
no site da prefeitura:
O que se
pergunta é por que essa licitação é tão demorada? Por que a Camargo Corrêa ainda
não disponibilizou os recursos como compensação ambiental? O que está faltando?
Que problemas burocráticos são esses? Por que a elaboração de um edital para contratação de uma clínica demora tanto?
Sobre a
castração e vacinação dos 64 animais conforme o secretário de Saúde, tenho
informações dessas pessoas que lá estiveram no último sábado, que hoje restam
menos de 40 animais no local. E será que são os mesmos? Onde estão os restantes?
Vereador Zezinho Siqueira quer
informações e cópias de documentos
Aliás,
vereador José
Luiz Siqueira, em sessão de 25/06/2013, antes
do recesso, protocolou Requerimento nº 558/13.
Nele o vereador
“Solicita ao Sr. Everaldo
dos Santos, Prefeito Municipal de Laguna, informações acerca da falta de
veterinário e medicamentos no canil municipal, bem como, cópia da licitação e
do contrato de prestação de serviço de castração dos animais”.
Vereadores
se preocupam com o problema
Outros
vereadores da Laguna também já se manifestaram sobre a situação dos cães e do
canil e apresentaram Requerimentos pedindo providências por parte do Executivo, ou seja, do prefeito Everaldo dos Santos. Leiam:
Sessão
28/02/2013
Vereadores Andrey
Pestana de Farias e Rogério Medeiros
“Req. nº 125/13 - solicita ao Sr. Everaldo dos Santos, Prefeito Municipal, colaboração
no sentido de proceder à confecção de termo de convênio com clinicas
veterinárias do Município de Laguna, a fim de possibilitar amenização do
problema relacionado aos cachorros que se encontram nas ruas, enquanto não se
consegue a efetivação da construção de uma clínica veterinária municipal. É de
conhecimento notório, que um grande problema por qual passa o município de
Laguna, é o número excessivo de cachorros nas ruas. Não há discussão no ponto
de que os pequenos animais não têm culpa da ação do homem. Propomos o presente
requerimento a fim de que o município possa encontrar uma solução paliativa e
amenizar esta situação. Nossa proposta se baseia nos convênios com clínicas
veterinárias, para que os cães, ao serem retirados das ruas, recebam tratamento
médico-veterinário e passem por processo de castração. Recomenda-se ainda, que
após tal processo o animal fique internado na clínica por um prazo compatível e
após, encaminhado à adoção, dando especial destaque ao trabalho que já vem sendo
feito pelos voluntários. O fundamento desse requerimento reside ainda no fato
de que outras cidades por não possuírem condições de terem uma clínica
veterinária municipal, assim o fazem, inclusive, na região da Amurel e tal
fator, ou ação, seria de grande valia no momento pelo qual passamos, amenizando
o sofrimento dos animais, dando dignidade aos mesmos e atuando frente a
problemas relacionados ao meio social de nossa cidade”.
Sessão
29/05/2013
Vereadores Andrey
Pestana de Farias e Rogério Medeiros
“Req. Nº425/13 - Solicita ao Sr. Everaldo dos Santos, Prefeito Municipal de Laguna,
reitero o requerido através do Requerimento nº 125/2013, o qual foi aprovado na
3ª Sessão Ordinária do presente e possui a seguinte ementa: “Solicita-se sua
prestimosa colaboração no sentido de proceder à confecção de termo de convênio
com clínicas veterinárias do Município de Laguna a fim de possibilitar
amenização do problema relacionado aos cachorros que se encontram nas ruas,
enquanto não se consegue a efetivação da construção de uma clínica veterinária
municipal.”
Sessão
07/06/2013
Vereador Renato
Borges de Oliveira
“Req. Nº504/13 – Solicita ao Sr. Everaldo dos Santos, Prefeito Municipal de Laguna, a
gentileza de dispensar a máxima atenção, para a proteção dos animais. Por
exemplo: local próprio e adequado (canil), pessoal qualificados, inclusive
veterinários para o devido tratamento. Em outras palavras, desenvolver um projeto
modelo”.