segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Números das eleições para presidente, na Laguna nos dois turnos

Votos para Presidente na Laguna – 2º Turno
Seq.                 Candidato                         Votação           % Válidos
1                        Aécio Neves                                13.495                  52,66%
2                        Dilma                                           12.130                  47,34%



Votos para Presidente na Laguna – 1º Turno
Seq.                 Candidato                         Votação           % Válidos
1                      DILMA                                10.371                40,96%
2                      AÉCIO NEVES                      10.263                40,54%
3                      MARINA SILVA                       3.867               15,27%
4                      LUCIANA GENRO                      338                  1,34%
5                      EDUARDO JORGE                      224                  0,88%
6                      PASTOR EVERALDO                   155                  0,61%
7                      LEVY FIDELIX                             60                  0,24%
8                      ZÉ MARIA                                  17                   0,07%
9                      EYMAEL                                       15                  0,06%
10                    MAURO IASI                                  7                  0,03%
11                   RUI COSTA PIMENTA                      1                   0,01%

Como facilmente se percebe, os votos da Marina no 1º turno foram praticamente transferidos para Aécio no 2º turno. Houve também um aumento significativo dos votos válidos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Dica de leitura: Getúlio 1945-1954 – Da volta pela consagração popular ao suicídio

Na terceira e última parte da consagrada trilogia biográfica sobre Getúlio Vargas, o escritor Lira Neto reconstitui os acontecimentos políticos e pessoais mais importantes dos anos finais do ex-presidente. Entre a deposição por um golpe militar, em outubro de 1945, e o suicídio, em agosto de 1954, o livro revela como a história do Brasil se entrançou com a vida de Getúlio, inclusive enquanto afastado do poder.

“Entrei para o governo por uma revolução, saí por uma quartelada” , lamentou-se Getúlio Vargas numa carta enviada de seu exílio rural em São Borja (RS), em novembro de 1945, ao amigo e correligionário João Neves da Fontoura. Depois de quinze anos no Palácio do Catete, emendando na sequência da Revolução de 1930 a chefia dos governos provisório e constitucional e a ditadura do Estado Novo, Getúlio fora obrigado a se retirar para sua região natal, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, pelos mesmos militares que haviam apoiado seu projeto nacionalista de poder. Os tempos estavam mudados, a Segunda Guerra Mundial já era história e ao ex-ditador, convertido num modesto estancieiro, apenas restavam às distrações das cavalgadas, do mate e dos charutos. 

Mas Getúlio, animal político com aguçado senso de sobrevivência, não estava totalmente acabado, apesar do que pensavam os jornais do Rio de Janeiro, quase todos alinhados ao conservadorismo da União Democrática Nacional (UDN) e do Partido Social Democrático (PSD). Sua filha Alzira - que havia permanecido na capital federal na companhia do marido, Ernani do Amaral Peixoto, e da mãe, Darcy - tornou-se uma espécie de embaixadora plenipotenciária do getulismo, possibilitando ao ex-presidente perscrutar os bastidores do governo do general Eurico Gaspar Dutra e manter o controle sobre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Com sua consagradora eleição ao Senado e as imunidades de constituinte, em 1946, Getúlio pode voltar ao Rio de Janeiro num primeiro movimento de preparação do almejado retorno ao Catete. Mas a hostilidade aberta da oposição udenista e as tentações de uma velhice tranquila no pampa gaúcho fizeram de seu mandato parlamentar pelo PTB um breve interlúdio do confinamento em São Borja, com raras aparições em plenário. Alzira, sempre no Rio, permaneceu no entanto sua conselheira e informante privilegiada por meio de detalhadas cartas-relatórios. 

Apesar da derrota de candidatos que havia apoiado nas eleições regionais de 1947 e 48, Getúlio deu sinais à imprensa, com a sagacidade que lhe era peculiar, de que poderia tentar reconquistar o protagonismo político. O movimento queremista, que jamais havia se apagado, explodiu em todo o país, exigindo a candidatura do senador e “pai dos pobres” à presidência da República. 

O retorno triunfal ao Catete, com a esmagadora votação obtida nas eleições de outubro de 1950, deu início a um dos períodos mais conturbados da política brasileira. A oposição ferrenha do udenismo e da imprensa, personificada pelo jornalista Carlos Lacerda, combateu incessantemente todas as iniciativas populares (ou populistas) do segundo governo Getúlio. Realizações como a fundação da Petrobras e o aumento do salário mínimo foram ofuscadas por um sinistro clima de guerra psicológica.

O “mar de lama” denunciado à exaustão por seus inimigos manietou o envelhecido presidente, dividido entre os afagos à classe trabalhadora e a obediência devida à praxe anticomunista da Guerra Fria. O atentado a Lacerda - coberto ainda hoje de mistérios e para o qual o livro apresenta múltiplas possibilidades e versões -, no início de agosto de 1954, foram a senha para a precipitação dos acontecimentos. Acuado por um iminente golpe militar, Getúlio chegou a esboçar uma resistência, mas, politicamente isolado, preferiu o suicídio à desonra da renúncia. 

Nos sessenta anos desse desfecho trágico, Lira Neto reconstitui todos os lances do tenso xadrez político que se entrelaçou com os últimos anos da vida de Getúlio. Amparado numa minuciosa pesquisa, que incluiu centenas de livros e milhares de páginas de manuscritos e documentos originais, o autor elucida um período capital da história do Brasil e interpreta a personalidade de seu mais importante ator político no século XX.”

Resumo: extra.com.br

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Convite

Engenheiro Eduardo Nicolazzi convidando os leitores deste blog, principalmente os que residem na capital catarinense, para o lançamento de seu livro “Gerenciamento de equipes – Formação e orientação de gestores”, editora Insular.

Evento vai acontecer na próxima quarta-feira, 15, às 15 horas no hall da sede da Eletrosul, no bairro Pantanal, em Florianópolis.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Outros outubros virão...

O que foi feito amigo, de tudo que a gente sonhou?

Nesta quarta-feira, entrando no último trimestre do ano, rapidinho o Natal está aí e também 2015, nada melhor que ouvir O QUE FOI FEITO DEVERA, de Milton Nascimento e Fernando Brant, no show Tambores de Minas, que marcou o retorno de Milton aos palcos, após graves problemas de saúde. Vejam e ouçam a beleza da canção, com as palavras iniciais de Milton e a primeira parte na voz gravada de Elis.

Outros outubros virão... outras manhãs plenas de sol e de luz...

E o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir...

Nem vá dormir como pedra e esquecer o que foi feito de nós.


O Que Foi Feito Devera
Milton Nascimento
O que foi feito, amigo,
De tudo que a gente sonhou
O que foi feito da vida,
O que foi feito do amor
Quisera encontrar aquele verso menino
Que escrevi há tantos anos atrás
Falo assim sem saudade,
Falo assim por saber
Se muito vale o já feito,
Mais vale o que será
E o que foi feito é preciso
Conhecer para melhor prosseguir
Falo assim sem tristeza,
Falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
Que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,
Outros outubros virão
Outras manhãs, plenas de sol e de luz
Alertem todos alarmas
Que o homem que eu era voltou
A tribo toda reunida,
Ração dividida ao sol
E nossa vera cruz,
Quando o descanso era luta pelo pão
E aventura sem par
Quando o cansaço era rio
E rio qualquer dava pé
E a cabeça rolava num gira-girar de amor
E até mesmo a fé não era cega nem nada
Era só nuvem no céu e raiz

Hoje essa vida só cabe
Na palma da minha paixão
Devera nunca se acabe,
Abelha fazendo o seu mel
No canto que criei,
Nem vá dormir como pedra e esquecer
O que foi feito de nós.