quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Guerra de pedidos de impugnações

Está existindo uma verdadeira guerra jurídica, com inúmeros pedidos de impugnações de candidaturas que atingem os cinco postulantes à prefeitura da Laguna. 
A thurma "querem" ganhar no tapetão. Aguardemos as decisões da Justiça.

Jornal Diário do Sul em suas edições de ontem e hoje trouxe matérias sobre o fato. Para lê-las basta clicar aqui e aqui.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Ausências políticas

Agora com a propaganda eleitoral começada, com reuniões e comícios sendo realizados, muitos eleitores estão se perguntando e estranhando as ausências de conhecidos correligionários nas campanhas de três dos cinco candidatos à prefeitura.
São colegas de partidos, inclusive dois deles cumprindo mandatos, que parecem estar ausentes da campanha em apoio aos candidatos dos seus respectivos partidos à prefeitura da Laguna.

Vejamos. Até agora não se viu o prefeito Everaldo dos Santos discursar nos comícios pedindo votos para o candidato de seu partido (PMDB) Mauro Candemil. O prefeito até foi visto pelas imediações no comício no bairro Progresso, semana passada, mas ficou à porta, só observando. Não subiu no palanque, nem discursou.
Não terá sido convidado? De alguma forma foi proibido de participar? Quem afinal ele está apoiando?

Já nos comícios de Samir Ahmad (PP) é notada a ausência do presidente da Câmara e vereador Roberto Carlos Alves (PP) discursando e cabalando votos para o candidato do seu partido à prefeitura. 

E finalmente, a ausência do ex-prefeito Célio Antônio (PT) nos comícios do PT, em busca de votos para a candidata de seu partido Tanara Cidade de Souza. Aliás, pelo que se tem notado, sumiram também na propaganda eleitoral da candidata a tradicional estrela e a cor vermelha do partido, que virou lilás.

Por que as ausências? O apoio explícito em palanques não é bem vindo? Tira em vez de somar?

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Tolo o lagunense não é

Nosso historiador-mor, o lagunense Oswaldo Rodrigues Cabral, já dizia que “O lagunense é gente de brio, é preciso que se previna...Perdoa, mas não esquece. E lá um dia, quando pode, cobra de quem lhe afrontou, com os juros do ridículo, a conta dos agravos...”


E continuava: “Se há gente que descobre o calcanhar de Aquiles do seu próximo num abrir e fechar de olhos é a gente lagunense”.
E mais, escrevia Cabral:

“É uma gente, que tanto ou mais que o carioca, ela cria piadas, surpreende tiques, descobre fraquezas, aplica alcunhas, “põe pitáfios”, alfineta vaidade, desmancha cartazes com uma técnica impecável. Sem alardes. De mansinho, saboreando a piada. Gozando o espetáculo das suas “marionetes”. Animando-as a que se rebolem. Rindo dos rebolados. Soprando que nem bomba de gasolina as vaidades, para depois gozar o prazer de ver o esvaziamento, dando linha aos peixes para sentir o prazer da fisgada, dando corda para que se enforquem os tolos, só para apreciar o triste dos enforcados, e isso tem enganado a muito forasteiro, muito cabra metido a besta”.

E é o que mais se vê por aí, principalmente no meio político. Quantos no passado acharam que eram os tais na Laguna e quebraram a cara cedo cedo? Quantos acharam que estavam eleitos (ou reeleitos) ou feito seu sucessor(a) e foram surpreendidos por uma reação do povo, que não esperavam? Uma reação que não era o que sentiam nas ruas? Nos abraços, nos elogios, cumprimentos e sorrisos?

Mas a história sempre se repete e há os que não aprendem com ela. Mudam os personagens, mas o enredo é o mesmo.
Basta um breve retrospecto na nossa história política-administrativa para se chegar a essa conclusão.

Que muitos políticos, principalmente os neófitos desta próxima eleição não se deixem enganar. O lagunense pode não falar diretamente, se calar quando lhe convém, não se expor para não sofrer represálias, cidade pequena e tal, mas por dentro não se faz de tolo.

Urde, quietinho sua resposta e na primeira oportunidade dá o troco nas urnas com a pouca atenção que recebe de governantes ocasionais, de representantes que fazem pouco caso de seus problemas mais preeminentes, que não atendem suas reivindicações básicas, que lhe enganam com promessas nunca cumpridas. 

O lagunense percebe ao longe os conchavos, os acertos nos bastidores, o jogar pra plateia.
Se ainda há os que pensam que somos uns amarelos da farinha, papa-siris ingênuos, rapidamente vão descobrir a verdade. E encerrar suas carreiras bem cedo. Alguns até mais cedo do que imaginam.

Tolo o lagunense não é. Nunca foi.

sábado, 27 de agosto de 2016

É muita rede pra pouco peixe...

“Do Muito e do Pouco”, com Oswaldo Montenegro (letra) e  Zé Ramalho (Música) espelha bem a realidade, inclusive de nossa cidade. A luta desenfreada pelo poder. Podres poderes...

Muita cabeça pra um só chapéu...

Reflete o momento político que estamos atravessando, com campanhas começando a todo vapor e dezenas de candidatos em busca do precioso voto. E muitos deles meros vivaldinos por aí, ainda enganando trouxas com suas conversinhas suaves e mentirosas.

Se em terra de cego quem tem um olho é rei... Imagine quem tem os dois...

Cobras criadas

Pode-se medir a qualidade de alguns candidatos a vereador, quando somente agora passam a criticar o prefeito atual, que está a quatro meses de deixar a casa.

Enquanto estiveram lá, na Câmara, ou por algum tempo em cargos comissionados na prefeitura, e através dos seus indicados, mamando bem mamadinho, o chefe era elogiado por eles e ai de quem falasse mal de Everaldo dos Santos nas redes sociais ou em conversas.

Agora malham o prefeito na maior cara de pau, em conversas, reuniões, áudios, vídeos e até nos comícios, sem ficar corados, sem qualquer constrangimento. Oportunistas!
Acham certamente que nós os eleitores somos todos idiotas ou de memória curta.

A quem pensam que enganam? 

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Pesquisadora lagunense é premiada

Maíra Assunção Bicca, 28 anos, recebeu o 20º  prêmio Jovem Talento para Ciências da Vida, dado pela Sociedade Brasileira de Bioquímica (SBBq), por uma pesquisa em que identificou uma proteína que pode ajudar a diagnosticar a doença do Alzheimer. 

O trabalho da inteligente Maíra (filha da Vera e do Jefferson Bicca, neta da dª Hilda, não tem?), foi apresentado no Congresso da SBBq, em 22 de junho de 2016, em Natal, no Rio Grande do Norte e é fruto de Doutorado. Atualmente ela faz pós-doutorado em Farmacologia na UFSC.
Nossos parabéns à pesquisadora Maíra e que enche de orgulho a todos nós lagunenses em sua terra natal.

Reportagem completa está no Portal G1  

Você compraria um carro usado deste homem?

Em 1960, nas eleições presidenciais americanas, John Kennedy (Partido Democrata) tinha como adversário Richard Nixon (Republicano), que era conhecido como um grande mentiroso.

Mas como dizer isso sem ofender e desrespeitar ele e o povo americano?

O que fizeram então os publicitários democratas?
Numa tática de marketing político espalharam pelos Estados Unidos cartazes com a foto de Nixon e a frase estampada ao lado ou logo abaixo: você compraria um carro usado deste homem? (Would YOU buy a used car from this man?).

Analistas políticos afirmam que esta tática de marketing político causou grande estrago na candidatura de Nixon, pois fez o eleitor refletir na importância de um candidato confiável.
Kennedy ganhou a eleição.
Bem verdade que Nixon seria eleito, oito anos depois, presidente e reeleito em 1972.

Dois anos depois, em 1974, se tornaria o primeiro mandatário americano a ter de renunciar para não ser cassado por causa da mentira. Dois jovens repórteres do jornal Washington Post descobriram que a Casa Branca estava por trás da invasão da sede do Partido Democrata, no edifício Watergate, em Washington (daí o nome do escândalo).
O filme “Todos os homens do presidente”, de 1976, com Robert Redford e Dustin Hoffman mostra bem isso.

Mas, e daí? Deve estar se perguntando o leitor aqui do Blog.

Bem, é porque cada vez que me contam de certos conchavos e alianças, e ouço e vejo certos políticos da Laguna, a frase do cartaz acima me vem à mente.

Porque alguns desses políticos são notórios mentirosos, trapaceiros manjados da população lagunense pelos seus atos e fatos ao longo de suas vidas. Corruptos de quatro costados.
Políticos que em campanhas passadas já traíram amigos e familiares, não cumprindo a palavra empenhada.
Então como confiar em suas palavras e promessas no presente?

Por conta do repetitivo pula-cerca político, da venda de seus passes em leilões em bares, cafés, clubes e gabinetes, muitos desses políticos já encerraram ou ainda vão encerrar precocemente suas carreiras. Não são mais confiáveis e decepcionaram meio mundo.

Há muitos que se dizem aliados e que durante anos ficaram lá e cá, sem um norte, ao sabor dos acontecimentos, birutas de aeroporto e que a qualquer momento, bastando o tilintar das 30 moedas, se debandam para o adversário, seja ele qual for. Instantaneamente, porcamente.
Como acreditar em adesões de qualquer tipo vindas dessa gente?

Mas há candidatos que confiam - ou sei lá, fingem acreditar – nesses apoios dessa gente, falsos apoios como uma nota de três reais. 
Os candidatos pensam ser mal necessário e que mais tarde - se eleitos - simplesmente vão descartá-los. E é sempre por aí que a porca começa a torcer o rabo. Não dá para se livrar assim facilmente de carrapatos.

E daí, leitor, responda cá para nós, de certos políticos lagunenses você compraria um carro usado? 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Quem seria?

Quem hoje na política lagunense mereceria receber o título de "Capo di tutti i capi"?
O poderoso chefão?
Existiria um só personagem que manda e desmanda, faz e acontece? Um dom Corleone?

Ou haveria vários chefões mandando ao mesmo tempo na disputa pelo poder e sustentando as mesmas práticas de há muito?

Adivinhação

O sujeito tem focinho de porco, tem orelhas de porco, tem pele de porco, tem pés de porco e tem rabo de porco, mas não é porco. Quem é?

Os candidatos que se dizem coitadinhos

Está na hora do eleitor parar de votar em candidato coitadinho que nunca foi nada, nunca administrou nada e seu único argumento é história de vida baseado em sua pobreza. Vindo da pobreza a maioria de nós veio, ora bolas. Não é passaporte para ninguém.
O que devia valer é mérito, qualidade, competência, conhecimento.

Em sujeito coitadinho já se votou no passado. E deu no que deu.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Esqueçam o que escrevi ou o que falei, dizem alguns candidatos

O que tem de candidato por aí, tanto a prefeito ou vice, como também a vereador, tendo que engolir palavras escritas e pronunciadas no passado, nas redes sociais ou até em tribunas e palanques, não está no gibi.

E negar o que se disse ou o que se escreveu é até mais desastroso, a emenda pode sair pior do que o soneto.
Sabe por quê? Porque muitos dos leitores que leram os postsprintaram o escrito (ou salvaram áudio e vídeo) e agora diante da negação, expõe o que foi registrado lá no passado. A mentira tem perna curta, diz verdadeiramente o ditado popular.

E aí o candidato fica com cara de paisagem, até porque não há como explicar o inexplicável. Palavras lançadas são como flechas, não tem retorno.

É o tal negócio: o outro e/ou seu partido não prestava no passado e agora presta? Agora tudo bem? Agora vale? O que mudou? Tornaram-se querubins de uma hora pra outra? Agora podem estar juntos, trocando abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim? E também selfies
E fica o dito pelo não dito?

A isso se chama claramente de hipocrisia.

Desencanto

O que se nota em conversas pelas ruas da cidade, a despeito de somente agora a campanha realmente começar, é um completo desencanto e desinteresse da população, dos eleitores com o pleito.

É uma desilusão com a velha prática, com o sistema de ainda se fazer política, com nomes em coligações montadas em reuniões de gabinetes, sem nenhuma participação popular.

Feitas as coligações, os acertos políticos e costurados esses “casamentos”, alguns deles completamente esdrúxulos, sem nenhuma "liga" e dos quais a gente não conhece as condições presentes e futuras, as cláusulas combinadas do contrato, eis os candidatos agora em campo, em comícios e reuniões cabalando os preciosos votos.

E o eleitor? Bem... o eleitor somente agora começa a ser convidado para referendar nomes em chapas das quais não teve nenhuma participação, nenhum acesso, montadas únicas e exclusivamente por caciques que se dizem entendidos em saber o que é melhor para a população e cidade.

Pois sim!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Desinteresse

Hoje encontrei um candidato a vereador (na verdade, agora, ele é que me encontrou). Indaguei como está a campanha.
Ele desabafou que a coisa está muito fraca, que o pessoal não está interessado e que muitos eleitores não querem nem ouvir falar em política. Alguns chegam até a xingar mesmo.
Queriam o quê? Não é para menos.

A causa deve ser o cansaço, decepção e desilusão com muitos políticos que, em chegando lá, só pensam em si e nos seus interesses. Ninguém mais aguenta papinho furado, promessas e mais promessas.

domingo, 21 de agosto de 2016

Nota de falecimento+

Faleceu ontem em nossa cidade, a professora de História Vanira Silva Pacífico, esposa do também professor José (Zezinho) Pacífico, aos 58 anos, nossa colega e ex-aluna do Ceal.
Corpo está sendo velado na sala mortuária da funerária Santo Antônio dos Anjos e sepultamento vai ocorrer às 16 horas deste domingo, no cemitério da Irmandade. 

Sentimentos aos familiares e amigos.

sábado, 20 de agosto de 2016

Enquanto isso, em Pescaria Brava

Em Pescaria Brava três chapas disputarão a prefeitura. O atual prefeito Antonio Honorato concorre à reeleição em chapa pura pelo PSDB, tendo como vice Aderbal Moreira Cardoso. Deyvison de Souza (PMDB) terá como vice Lourival Izidoro (PP), e Marciano Costa e Ci disputam em chapa pura pelo PSD.

Ditos populares

Alguns ditados populares expressam verdades seculares sobre o ser humano. O povo em sua infinita sabedoria sabe o que diz. Muitos desses conselhos caem como uma luva em alguns políticos lagunenses e seus ditos apoiadores que agora surgem às dezenas, a cada instante. Alguns desses apoiadores causam surpresa e enorme decepção em seus seguidores de redes sociais, fãs e amigos. Vejamos:

“Diga-me com quem andas que te direi quem és”.

“Passarinho que “anda” com morcego acorda (amanhece) de cabeça para baixo”

"Quem dorme com cachorro acorda com pulga”.

“Um gambá cheira o outro”.

Retrocesso na Lei da ficha limpa

A implantação do chamado ficha limpa, fruto da mobilização popular, foi em 2010.
Supremo Tribunal Federal num retrocesso - penso eu - decidiu que somente as câmaras municipais e as assembleias legislativas poderão rejeitar as contas dos prefeitos e governadores. Os parlamentares é que decidirão. Aguarda-se ainda o acórdão.
Os Tribunais de Contas continuam enviando a relação dos gestores enquadrados na Lei, aos Tribunais Eleitorais. Mas ninguém ainda sabe como será aplicada a nova decisão. Valerá para os atuais candidatos?

Um retrocesso inexplicável.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

TCE de Santa Catarina divulga lista de 1.040 inelegíveis

Tribunal de Contas de Santa Catarina publicou no Diário Oficial de segunda-feira última (15), relação dos administradores públicos, entre eles prefeitos, vereadores, titulares de cargos públicos, com contas rejeitadas por aquela corte por "irregularidade insanável e por decisão irrecorrível".
A lista, a partir da página 3, que está em arquivo pdf e em ordem alfabética, já foi enviada ao TRE e pode ser consultada aqui

Investigação sobre o roubo do sino “segue sigilosa”, diz delegado

Hoje faz duas semanas que o sino do Museu Anita Garibaldi foi surrupiado.
Matéria publicada na edição desta quinta-feira (18) no jornal Notisul aborda o lamentável fato. Delegado Flávio Gorla diz que a investigação segue sigilosa e vai solicitar uma ficha técnica ao Iphan sobre a peça.

Para ler a matéria na íntegra clique aqui.

sábado, 13 de agosto de 2016

Sino foi roubado para colecionador, diz delegado

Matéria estampada neste sábado, no jornal Diário do Sul, informa que a Polícia Civil da Laguna está perto de concluir as investigações sobre o roubo do sino do Museu Anita Garibaldi, na semana passada. De acordo com o delegado Flávio Gorla, tudo indica que o crime foi encomendado por um colecionador apaixonado pela história da cidade.

Conforme o delegado, o sino foi retirado por três homens, durante a madrugada do último dia 4 de agosto, e levado em um veículo Saveiro. Todos os três participantes já foram identificados pela polícia – um deles foi preso nesta quarta-feira e os outros dois devem ser capturados nos próximos dias.

“Segundo um dos suspeitos de ter praticado o roubo, preso esta semana, o objeto foi levado até Imbituba e vendido para uma pessoa que é apaixonada por arte e pela história de Anita”, conta Flávio Gorla. Até agora o sino ainda não foi recuperado.

Para ler a matéria na íntegra, basta clicar aqui.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O sino do povo

O sino do Museu Anita Garibaldi, furtado semana passada, além do seu valor material, em bronze, possui valor histórico incalculável. É uma relíquia e ao que parece, vai também entrar para o rol do “Laguna já teve”.

Caderno da Laguna nº 1
Quando em 1714 Laguna foi elevada à Vila, uma área foi determinada para construção da Casa da Câmara e Cadeia, como era usual.
Na Praça da Cadeia, como ficou conhecida (hoje República Juliana), foi construído o prédio de dois pavimentos, inaugurado em 1747. No térreo ficava a Cadeia e no sobrado a Câmara. O acesso ao andar superior era feito por uma escada lateral.

No alto da escada, sob um arco, estava o “Sino do Povo”. Com seus diferentes repicares avisava à população o horário de se recolher, fechamento das casas comerciais e também comunicava aos habitantes sobre deliberações da Câmara, como taxas e posturas, falecimentos e nascimentos da família real, além de avisar e pedir ajuda do povo para conter incêndios.

A parte mais alta da edificação foi erguida em 1870, quando o prédio foi ampliado atendendo às novas exigências administrativas e penitenciárias, com mais uma sala no sobrado para audiências e mais duas celas no térreo, deixando-se lateralmente um saguão para quartel, com uma pequena sala onde morava o carcereiro.

Saul Ulysséa, em seu livro “Laguna de 1880”, página 53, falando sobre as edificações da Praça Conde D’Eu, anteriormente chamada de Praça da Cadeia, depois Praça da República, Conselheiro Mafra, Praça da Bandeira, Praça Anita Garibaldi e finalmente Praça República Juliana, assim se refere ao prédio do hoje Museu Anita Garibaldi e seu sino:

“Em um prédio isolado, o edifício da Câmara Municipal, no mesmo estado em que se acha, a não ser a retirada do sino e das grades da antiga cadeia. Edifício histórico. Ali foi proclamada a República Catarinense, em 29 de julho de 1839.
A parte mais baixa foi edificada em 1747, com a denominação de Paço do Conselho”.

A afirmação acima mostra claramente que em 1880 o sino e as grades da edificação já haviam sido retirados.

E continua Saul Ulysséa, referindo-se ao sino já conjugando o verbo no passado.

No alto da escadaria, existia um arco contendo no centro um sino de bronze que servia para anunciar a hora das audiências e chamada de jurados.
No verão às 22 horas e no inverno às 21, o sino indicava a hora de fechamento das casas comerciais e a dos escravos se recolherem às casas dos respectivos senhores. Dessa hora em diante os escravos encontrados na rua, eram recolhidos à prisão.

Em 1903, obras de melhoramentos foram executadas no prédio. As externas e do pavimento térreo a cargo do governo do estado; e as salas do júri e câmara, pela superintendência municipal (prefeitura).
Ao que parece, o arco e o sino já deveriam ter retornado ao lugar. Digo isso porque matéria de capa publicada no Jornal O Albor, de 1º de outubro do mesmo ano, intitulada “As nossas relíquias”, faz uma ode ao sino e ao mesmo tempo um desabafo contra a retirada do sino que alguns pretendiam promover.

(...)
“Vetusto sino da cadeia. Órgão austero e incorruptível da lei! Vigilante inflexível da ordem! Patriarca badaloso da nossa terra! Tu és uma preciosidade sem par. Tua antiguidade e teus serviços devem ter uma sagração maior, mais pomposa e retumbante que a tua simples conservação pelo infinito das eras!
Foi ao teu som rigoroso que Domingos de Brito Peixoto venceu em 1684 a luta travada com o cacique Tairanha... Mais que o vicentista aventureiro e heroico foste o fundador da Laguna e mais que tudo e todos ficaste sendo o órgão indispensável da nossa existência social e poderoso braço forte da lei e da polícia.
Quem, se não tu, reuniu os expedicionário de 1700 à Colônia do Sacramento? Quem, se não tu, anunciou a Proclamação da República Catarinense e a derrocada dos Farrapos? Quem, se não tu, compelia os jurados ao cumprimento dos seus deveres? Quem, se não tu, foi sempre o protetor do sono dos caixeiros? A quem, se não a ti, devem as famílias a dita de ter os seus chefes em casa às 9 horas da noite? Quem e a quem, sentinela incorruptível da lei, advogado perpétuo e incansável do Morfeu e da tranquilidade dos lares?
E como se pode tolerar, pois, em vista da tua fé de ofício, que jacobinos rubros premeditem extirpar o teu badalo corroído e venerável, para que fique a Laguna sem a vigilância protetora do teu toque?
Como se há de admitir que iconoclastas falem em arrancar-te da tua muxara no alto da tua escada histórica, da qual és o complemento direto?
Custa crer-se, realmente, em tamanha irreverência, em sacrilégio tamanho!”.
(...)

Sacrilégio ou não, com "badalo corroído e venerável", com muxara e tudo, o "patriarca badaloso", isto é, o sino, deve ter sido novamente retirado do local no começo do século XX. 
Em 1917 o hoje prédio do Museu foi abandonado.

Neste mesmo ano foi inaugurado, no governo de João Guimarães Cabral, a nova edificação do Fórum, situada entre as ruas Voluntário Benevides e Carpes, e onde já funcionou também a prefeitura, câmara e atualmente se instalou novamente parte da prefeitura (gabinete).

O prédio em 1940, sem o arco e sino. No andar térreo, as garagens.
Bem por isso, uma foto de 1940 mostra o prédio da antiga Câmara na então denominada Praça da Bandeira, totalmente abandonado e deteriorado. O arco e o sino não mais existem como se pode constatar. Já as celas do térreo eram utilizadas como garagens para veículos da prefeitura.

Em 17 de abril de 1956, quando do centenário da criação da Comarca, o Museu Anita Garibaldi foi inaugurado com uma grande festa, com a presença de várias autoridades, entre elas o governador de Santa Catarina Jorge Lacerda e o prefeito lagunense Walmor de Oliveira.
Manhã de 17 de abril de 1956, quando da inauguração do Museu. 
O arco e sino retornaram aos seus lugares.
À ocasião, o professor Ruben de Lima Ulysséa fez uso da palavra e enalteceu o prédio e o sino:

“Este velho edifício, já arruinado e modificado no seu aspecto exterior e nas suas divisões internas, estava destinado a um fim melancólico, prestes a ser abandonado, pela insegurança que apresentava. Em boa hora, porém, foi restaurado nas suas linhas primitivas pelo Patrimônio Histórico Nacional. Foi-lhe devolvida a sua fisionomia secular, recolocadas as grades de sua prisão, reconstruída a sineira que lhe ficava no alto da escada de acesso e ali colocado o mesmo sino que, no passado, anunciava as audiências do juiz da terra e convocava os vereadores para as reuniões da câmara; que dirigia ao povo o seu apelo sonoro a que cooperasse na extinção dos incêndios e, todas as noites, às nove horas, como ainda nos recordamos, tocava a recolher, obrigando o fechamento das casas de comércio, impondo à população o silêncio e convidando-a a descansar dos labores quotidianos”.

Como se vê, o professor Ruben Ulysséa frisa muito bem em seu discurso que o sino que retornou ao local era o mesmo sino de histórico passado. 

E não é que é?


Qual a arrecadação, origem e número de visitantes nos Museus da Laguna?

Volto a abordar o tema. Qual a arrecadação mensal nos ingressos para os Museus Anita Garibaldi (R$ 5,00) e Casa de Anita (R$ 3,00)?
Onde é aplicado o dinheiro? Quantos são os visitantes? Quais suas origens?
É uma questão de transparência e de prestar contas à sociedade lagunense. Nunca foi publicado sequer um balancete. 

Com a palavra o secretário de Turismo Iberê Aguiar Jacques e o prefeito Everaldo dos Santos.

Solenidade homenageou e promoveu policiais militares da Laguna

Aconteceu na manhã desta quinta-feira (11), na sede da Guarnição Especial de Polícia Militar da Laguna (GELG), solenidade militar para homenagear e promover policiais militares de nossa cidade.
Fotos: Divulgação PML

Dão faz falta ao rádio lagunense

Divulgação
A Rádio Difusora trocou de direção, mesmo ficando de posse da mesma família Salvaro.

Com isso aconteceu um enxugamento em seu quadro de funcionários, inclusive na própria direção, que estava a cargo de José Carlos Constantino.

Ouvintes sentem a falta do radialista Souza Jr., o Dão, na apresentação do Jornal do Meio-Dia.

Até porque Dão conhece e muito da Laguna, de seus problemas e carências, de muito dos habitantes pelo nome, apelido e particularidades, além de festas como o carnaval, em sua origem e mudanças ao longo do tempo.

Sinceramente, o Dão faz falta ao rádio lagunense.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Polícia Federal vai ser acionada, diz secretário

Já são vários os furtos de placas históricas de monumentos, além do arrombamento da Casa de Anita, Fundação Lagunense de Cultura e o furto do sino do Museu, além de documentos do Arquivo Público.

Secretário de Turismo Iberê Aguiar Jaques me informou ontem que através da assessoria jurídica da Prefeitura vai acionar a Polícia Federal. Na minha opinião o secretário já demorou. Hoje faz uma semana que o sino foi roubado.

O sino em bronze foi furtado de quarta para quinta-feira da semana passada e até agora nada foi descoberto, ao que se saiba.

Aliás, onde estão os vereadores, clubes de serviço, Lojas Maçonicas e demais entidades associativas, sociais e culturais da Laguna que não exigem uma tomada de posição, uma audiência pública quanto à segurança no município? Qual é a posição oficial do Iphan quanto ao roubo do sino, já que Laguna é Patrimônio Histórico Nacional?

Vários assaltos à mão armada também estão acontecendo em estabelecimentos comerciais da cidade, levando pânico à população. O que estão esperando acontecer? Uma tragédia que já está anunciada?

A arma ("ferramenta") do crime ainda está lá, depositada no arco do Museu. É um cano de ferro que foi utilizado para abrir (esgarçar) o fecho em forma de anzol onde o sino era pendurado. Veja a foto:



Se você já viu essa "ferramenta" com alguém ou sabe de algo, de alguma pista que leve ao ladrão ou à relíquia, avise a Polícia.

Abuso e irregularidade

Uma empresa (Escola de cursos) de Tubarão colou ou mandou colar com fita adesiva, mais de cem cartazes nos postes da Laguna, inclusive os situados no centro histórico. Um verdadeiro abuso, contrariando inclusive o Código de Posturas.
Fiscalização da Prefeitura deveria atuar no caso, assim como a Celesc, Iphan e a Acil. É caso de notificação e multa.
Isso aqui não é a casa da mãe Joana.

Se a moda pega...

A sorte está lançada. Eis os candidatos à prefeitura da Laguna

Se não houver nenhuma alteração de nomes - o que é bem possível, através de impugnações e/ou desistências - até 2 de outubro as cinco chapas que disputarão as eleições à prefeitura da Laguna são:
  • Samir Ahmad (PP) e Nazil Bento Júnior (PSDB);
  • Tanara Cidade de Souza (PT) e Róger da Silva (PDT);
  • Mauro Candemil (PMDB) e Júlio Willemann (PSD);
  • Renato Borges de Oliveira e Felipe Estevão, em chapa pura pelo PSC.
  • Ronaldo Rosinha e Lisi, em chapa pura pelo PMN.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Associação Mamãe Bebê promove Café Colonial

No próximo dia 4 de setembro (domingo), às 16h, no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos, as voluntárias da Associação Mamãe Bebê estarão promovendo o seu tradicional Café Colonial.
A renda é em benefício da Maternidade do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos da Laguna.

Os ingressos podem ser adquiridos com as voluntárias ou no Hospital (com o funcionário Bruno), ao preço de R$ 30,00.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Que tal oferecer uma recompensa pelo sino?

Foto: Elvis Palma
A Fundação Lagunense de Cultura ou a secretaria de Turismo deveriam oferecer um bom prêmio em dinheiro, em forma de recompensa, a quem fornecer qualquer informação que leve à recuperação do sino do Museu Anita Garibaldi.

Devido ao peso da peça o roubo deve ter sido efetuado por mais de um ladrão, quem sabe até uma quadrilha. 

Ao policial civil ou militar e/ou equipe que prender o meliante e recuperar o histórico sino para o município, homenagens deveriam também ser prestadas. É caso até de oferta da Comenda Domingos de Brito Peixoto, Título de Amigo da Comunidade ou Título de Cidadão Lagunense (se for o caso), etc.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Afanaram o sino do Museu Anita Garibaldi

Foto: Valmir Guedes Jr.

Nesta noite/madrugada de quarta-feira para quinta-feira, por incrível que pareça, roubaram o sino do Museu Anita Garibaldi.
Na semana passada a Casa de Anita já havia sido arrombada.
Todas as 18 câmeras de segurança que deveriam vigiar o patrimônio histórico, através da Guarda Municipal da cidade não funcionam. 

Uma vergonha! 

Uma aprofundada investigação tem de ser efetuada por nossas autoridades em segurança. O MP e o Iphan deveriam entrar no circuito. Alguém tem de ser responsabilizado pelo descaso.

Para furtar o sino em bronze, um cano de metal, que ficou jogado no local, parece ter sido utilizado para esgarçar o fecho em ferro.
É necessária a força de algumas pessoas para carregá-lo e com a peça descer as escadarias do prédio ou pendurá-lo por cordas, sei lá. Um veículo de carga também seria preciso para transportá-lo, mas ao que parece ninguém viu nada.
O sino furtado. Foto: Valmir Guedes Jr.

O roubo do sino do Museu Anita Garibaldi na calada da noite é uma afronta ao patrimônio histórico da Laguna e aos seus habitantes.

Os furtos se sucedem
Há tempos venho denunciando aqui neste espaço o sumiço de placas em bronze dos nossos monumentos, que não são repostas. E muitas peças do acervo do Museu ao longo dos anos também desapareceram, conforme pode ser constatado consultando o Livro Tombo e em inúmeros depoimentos de familiares que doaram peças e mobiliário ao Museu.

Ainda semana passada a Casa de Anita havia sido arrombada em sua porta lateral. Do seu interior, conforme informação do secretário de Turismo Iberê Aguiar Jacque, foi furtada quantia em dinheiro proveniente da venda dos ingressos. Nenhuma peça do acervo foi levada ressaltou o secretário.
A placa de identificação frontal em bronze da Casa de Anita já havia sido furtada há alguns meses, conforme já mostrei aqui, e jamais foi encontrada.

Conforme divulguei também com exclusividade semana passada, vários móveis foram retirados do Museu, mas conforme informação novamente do secretário de Turismo, eram expositores que a Udesc rejeitou e pertencentes ao acervo do Rau. Os móveis estão num depósito ao lado das Docas.

Se nada for feito, se a segurança não for reforçada e se as investigações não chegarem aos ladrões e/ou receptadores, não duvidem se daqui a pouco os bustos em bronze dos vultos históricos também forem roubados. E é bem capaz de até a estátua de Anita sumir do seu pedestal. 

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Uma justa homenagem

O colunista Munir Soares na edição do último fim de semana do Jornal A Crítica (e aqui se dá o devido crédito de origem, é o mínimo), escreveu um belo texto que merece a reprodução aqui no Blog. Nele relembra algumas das tradicionais casas de comércio varejista de nossa cidade não mais existentes, e de alguns de seus proprietários e funcionários. Relembra de minha tia-madrinha Miloca, da sapataria Speck, já falecida; e do “seu” Aládio, a quem presta homenagem e faz uma sugestão.
A foto da matéria é de minha autoria, feita ontem à tarde, nos balcões da Casa São Paulo.
Confira:

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O balconista
Por Munir Soares

A alma do comércio varejista é o balconista.
Houve um tempo em que, nas tradicionais casas de comércio da Laguna, quem fazia os primeiros contatos com a freguesia eram os proprietários. Alguns foram mestres no atendimento, ficaram em nossa memória: Osmar e Ataliba Lopes, Antoninho Mendonça, Paulo Calil, Mirandinha, Batista e Ibraim Abrahão.

Durante décadas a população lagunense comprou seus calçados na sapataria Speck. E, quem estava lá, no pronto atendimento, durante todo esse tempo?
-Dona Miloca. Conhecia todo mundo pelo pé, número e estilo. A todos dispensava a mesma atenção, pagasse á vista ou na caderneta, fosse rico ou pé-de-chinelo.
E, o que dizer do Aládio?
Aládio Fortunato. Foto: Valmir Guedes Jr.
Aládio Fortunato. Profissão: comerciário/balconista. Se existe nobreza no trato com o público, Aládio é um fidalgo. No final dos anos 50 Aládio já era uma referência no comércio local.
O vento do tempo provocou profundas mudanças na vida da terrinha. Via férrea e estação ferroviária sumiram do centro da cidade. A “máquina 7” silenciou. Por razões diversas o comércio mudou de mão.  Tecidos João Mussi S.A., Silvio Castro, Galeria Gigante, Carlos Hoepcke, Armarinhos Nelma, Rodolfo L. Pereira, Nelson Siqueira, A. Westphal, Camisaria Nancy, fecharam suas portas. No entanto, ele ficou. Testemunha viva dessa transformação.
Exemplo de obstinação e longevidade. Aládio, com mais de 60 anos de serviços, continua atrás do balcão da “Casa São Paulo”, fazendo o que mais sabe fazer, atender sua clientela com a alegria de bem servir.
Se Aládio já não sobe as escadas com a vivacidade de outrora mantém aquele sorriso de quem está de bem com a vida.

E, ainda hoje, quando as meninas (colegas) precisam calcular o tanto de tecidos para fazer algumas fronhas, ou um vestido longo, apelam para o Aládio que, de cabeça, faz as contas. Sem margem de erro.
Oitenta e três anos de idade e sessenta e dois de trabalho.

Ao relembrar a trajetória de vida do comerciário/balconista Aládio, pergunto, se tal exemplo de honestidade, dedicação, eficiência, responsabilidade e discrição não mereceriam por parte da Acil – Associação Comercial e Industrial da Laguna ou do Sindicato dos Comerciários uma homenagem especial, como por exemplo, uma placa comemorativa entregue a ele, durante um jantar festivo?